Wednesday 29 July 2009

Correr no "tapete" vs correr ao ar livre

Desde que, há uns dois anos, retomei a corrida com maior regularidade venho efectuando a maior parte dos meus treinos no ginásio em cima de um "tapete". Aliás, é curioso verificar que antes disso nunca tinha experimentado este tipo de máquinas...

Os defensores dos "tapetes" atribuem-lhes um conjunto de vantagens:
- Os modernos tapetes de corrida possuem uma passadeira accionada por um motor. Esta característica permite distinguir o tapete de corrida do tapete de caminhada. Assim, o utilizador não tem de fazer um esforço suplementar para accionar a passadeira e tem realmente a impressão de correr naturalmente.
- Devido à multiplicidade de programas, é possível treinar-se a velocidades e inclinações constantes ou variáveis. O tapete adapta-se às necessidades do utilizador.
- O treino não fica dependente dos acasos da meteorologia. Vento, chuva, neve: nenhum obstáculo o impede de se exercitar num ambiente agradável.
- Nas grandes cidades, a poluição perturba fortemente a corrida ao ar livre. Ao correr em casa, limita os efeitos negativos da poluição no organismo.
- Pode treinar quando lhe apetece, fora dos horários de abertura dos ginásios (desde que tenha o tapete em casa).
- Pode ainda fazer outras coisas enquanto corre, como ver televisão, ouvir um CD ou vigiar as crianças.

São conhecidas algumas opiniões que referem desvantagens relativamente a este tipo de treino, embora, da minha parte, não tenha quaisquer razões de queixa.

A principal razão que me leva a optar por este tipo de treino reside na mais fácil gestão do tempo. Muito pressionado pela falta dele, tenho concluído que a rotina de ir ao ginásio acaba por me permitir uma mais fácil gestão do tempo disponível para o treino. Para além disso, e depois de nos habituarmos às máquinas, conseguimos controlar o orientar os treinos com rampas, fartlek ou séries de forma muito mais rigorosa. No meu caso confesso que gosto imenso dos treinos de séries em cima do tapete, pois consigo garantir andamentos constantes e ajustar as minhas capacidades aos objectivos previamente definidos.

Sendo dos que consideram que a corrida tem no contacto com a natureza (seja em meio rural ou urbano) uma das suas características mais importantes, não deixo de recomendar o uso do tapete como um importante complemente ou alternativa ao treino.

14 comments:

Maria Sem Frio Nem Casa said...

Olá Miguel. Ambas as corridas terão as suas vantagens e desvantagens, o que até dependerá de gostos e objectivos pessoais.

Só te digo que já tive uma máquina dessas, toda xpto, quase que corria sozinha, e acabei por não lhe dar o uso que devia nem usufruir do que ela me permitiria. Acabei por vendê-la, perdendo dinheiro, mas pelo menos "livrei-me" dela quando o espaço já não era muito.

Correr... o importante é correr, digo eu.

A minha opinião, entre os 2 tipos de corrida: indiscutivelmente prefiro a rua

Um beijinho e boas férias se for caso disso

Ana Pereira

MPaiva said...

Ana,

Fico muito contente por te "ver" por cá!
Quanto a estas máquinas, eu só poderaria ter uma se vivesse num local onde correr à porta de casa fosse difícil (por não haver parques ou pelo facto de haver muito trânsito).
No meu caso, vivendo num local privilegiado para a corrida, não faz muito sentido. Tivesse eu a possibilidade de estar em casa a tempo de correr, e certamente que dispensaria o ginásio (e por arrasto o tapete).

bjs
MPaiva

PS - Vens à nossa Patuscada em Outubro?

João Paulo Meixedo said...

Caro Miguel,
Apresentas os prós; faltam os muitos contras. Se fosse um debate preocupar-me-ia em apresentar vários argumentos, mas como não é (cada um faz como mais gosta), apresento-te um que, para mim, é suficiente:correr sem sair do sítio!!!

Unknown said...

Eu adquiri uma máquina dessas à cerca de 3 meses e como diz o artigo tem as suas vantagens e desvantagens.
Pessoalmente como tenho uma vida agitada tanto treino à 5 da manhã, como ao meio da tarde como à noite, não estando dependente das condições climatéricas, a maquineta está lá sempre pronta para ser usada na companhia de um bom filme ou dos noticiários da tv.
Ma uma coisa não tira a outra, a corrida ao ar livre proporciona uma amplitude de passada mais ampla e descontraída ao contrário da máquina.
No meu caso que costumo rolar mais ou menos a 4,30 uma hora, na máquina rolar a 5,00 a mesma hora é quase uma competição devido ao consumo de oxigénio.
Recentemente fiz a Ultra Maratona Melides-Tróia (3.54.07) e 2 meses antes elaborei um plano que nele fazia parte a corrida ao ar livre, passadeira ( corrida e caminhada)BTT e natação, sem dúvida que a passadeira foi uma ajuda muito importante.
O que eu sinto quando "abuso" da passadeira em rolarias acima da 1h e dos 12km/h são dores abdominais que podem antever princípo de pubalgia, por isso agora uso mais o meu brinquedo para caminhar entre os 8/9 km/h e podem crer que uma hora a esse ritmo dá para encharcar o equipamento e beber 1 l de água que é outra vantagem destas máquinas, têm bastantes suportes para bebidas, barras, telemóvel, aminha até tem mp3!
Mas não há nenhuma máquina que substitua o meu treininho à beira mar ou o meu percurso favorito de 16km no Baixo Vouga Lagunar!

José Capela said...

Olá, Miguel...

Para mim o mais importante da corrida é o contacto com a natureza.
O vento, a chuva, o sol, o frio e o calor são a companhia do atleta!

Uma vez por ano vou ao tapete, para fazer a prova de esforço e acho uma tremenda seca!

Resumindo: Tapete não, Obrigado!

Abraço

José Capela

Ricardo Baptista said...

olá Miguel,
Eu, às vezes, também corro no tapete. Gosto mais de correr ao ar livre. Tudo tem as suas vantagens e desvantagens, que pode variar de pessoa para pesso, ou de corredor para corredor. Por exemplo: para mim a chuva não é uma das vantagens de correr no tapete. Adoro correr à chuva.
Só quero deixar-te aqui uma dica: corro sempre com uma pequena inclinação (2, não sei se é percentagem de inclinação), dizem alguns entendidos que simula melhor o esforço de correr ao ar livre.
Um abraço, boas corridas.

Maria Sem Frio Nem Casa said...

Patuscada em Outubro? Hum? Qual patuscada?

Desculpa Miguel, mas tenho andado afastada destas lides (corridas, treinos, blogues, amigos das corridas, etc. etc...) pois estou a mudar de casa ao mesmo tempo de estar a passar por uma serie de outras mudanças, que são sem dúvida positivas, mas ainda vai levar algum tempo a estabilizar e poder voltar a ser a Maria Sem Frio Nem Casa.

Entretanto... explica lá isso da Patuscada em Outubro... se calhar é mais adequado para o o meu mail: anamariasemfrionemcasa@gmail.com

Obrigada e um beijinho

nota: apesar de "afastada", eu sempre ia passando por aqui, mas nem sempre (ou raramente) o tempo era suficiente para prestar a merecida atenção e consequentemente, deixar umas palavras. E optava por nada dizer.

ana

Aris said...

Em relação a mim vou pela mesma ideia do amigo Capela. Apenas tenho a experiência das provas de esforço, mas ao fim de alguns minutos o suor é tremendo e a desidratação nem se fala o que me faz muita impressão a nivel de olhos e visão.
Decididamente correr ao ar livre.
Abraço
Aristides

Anonymous said...

Capela rules, ah ah ah
Abraço,
JP Meixedo

António Almeida said...

Amigo
agradeço-te as palavras lá no blog acerca do raid, tenho cá um palpite que mais ano menos anos te temos por lá.
Quanto ao teu post, está muito bom, prefiro o ar livre, sempre...
Abraço e cumprimentos A`família.

MPaiva said...

Estou a constatar que esta matéria gera grande polémica entre os corredores, com posições bem dispares.

Como disse, faço a maior parte dos meus treinos no tapete por uma questão de conseguir, dessa forma, gerir melhor a minha disponibilidade. De qualquer forma, no caso das séries, prefiro mesmo o tapete pela forma cómoda como consigo controlar os ritmos e as repetições.

Fora isso, prefiro correr ao ar livre, de preferência junto ao mar ou ao rio.

Já agora, há grandes nomes da história do atletismo que tiveram no tapete um parceiro fundamental para o treino. Uma delas foi a grande atleta norueguesa Ingrid Kristiansen, que durante 13 anos deteve a melhor marca mundial da maratona feminina.

MPaiva

João Paulo Meixedo said...

buu, buu, tapete stinks!
ah ah ah
Aquele abraço (ao ar livre)
JP

ps. no que diz respeito às séries prefiro ... ver os outros a fazê-las. E o mesmo para as rampas ;)

runningirl said...

Oi Miguel

Excelente post. Esta maquina é bastante usada por aqui entre corredores especialmente durante o inverno quando devido as baixas temperaturas e quase impossivel correr la fora.

Um abraço grande,
Sandra

Anonymous said...

Não ha nada como correr ao ar livre :D

 
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