Tuesday 31 August 2010

Agosto - Balanço do 1º mês de preparação


O primeiro mês da minha preparação para a participação na Maratona do Porto já está terminado. Para quem tiver curiosidade em saber, aqui fica um breve resumo do que foi feito:

- Nº. de treinos: 22
- Nº. de dias de descanso: 9
- Nº. de Km percorridos: 261,82 Km
- Nº. de treinos longos: 3
- Tempo de corrida: 21h 13m 59s
- Tempo médio por Km: 4m 52s
- Treino mais longo: 25,4 Km
- Treino mais curto: 8 Km

Fazendo uma comparação com a forma como preparei as maratonas de 2008 e de 2009, concluo que estou a treinar mais quilómetros do que fiz no último ano e menos do que tinha feito no ano da estreia.

Confesso que esperava chegar a esta fase em melhores condições do que cheguei. De um modo geral tenho-me sentido bastante cansado e, não raras vezes, tenho corrido com o desejo de que o fim do treino chegue rápido. No último domingo, por exemplo, fiz um treino de 25,4 Km (2h13m) e acho que ao fim de 3 ou 4 quilómetros já me sentia cansado e a pensar em terminar.

Esta inesperada dificuldade acaba por ter um lado positivo, já que está a testar a minha motivação e a capacidade de resistir à tentação de "faltar" aos treinos que às vezes me tem assaltado. Este acaba, pois, por ser o aspecto que mais valorizo deste mês de preparação, pois tenho conseguido manter a média de 5 treinos por semana e nunca estive mais do que um dia sem treinar.

Na última semana já comecei a introduzir algumas séries, que este mês se intensificarão. Espero que a reacção do corpo vá melhorando para que consiga assimilar bem o aumento do grau de exigência dos treinos (em qualidade e em quantidade) de forma a voltar a ter a sensação de uma "corrida solta" que ainda não chegou.

Friday 27 August 2010

UTMB


Começa hoje, na Suiça, uma das mais fantásticas ultra maratonas que se corem no mundo, a Ultra Trail do Monte Branco.
A lista de inscritos deste ano inclui nada mais nada menos do que 30 Portugueses na prova principal que, para quem não sabe, tem só 166 Km de extensão, com um desnível positivo de 9.400 metros, correndo-se integralmente nas montanhas do Monte Branco. O tempo máximo para fazer a prova é de 46 horas.
Aos heróis que se aventuraram a fazer a prova deixo uma palavra de estímulo para enfrentarem este desafio.

ADITAMENTO - Soube agora que a prova foi anulada quando os atletas já estavam em competição. A razão que levou a organização a tomar esta (terrível) decisão prende-se com as condições climatéricas em determinados troços do percurso, as quais poderiam colocar em causa a integridade física dos atletas. Imagino a frustração de todos aqueles que alimentaram o sonho do Monte Branco durante meses e meses de aturada preparação. Para eles, a minha solidariedade.

Thursday 26 August 2010

O outro lado do sucesso

Nos últimos tempos quem gosta e acompanha o desporto luso tem vibrado com a proliferação de resultados de grande nível que vem sendo conseguido pelos nossos atletas da canoagem.
Desde o abandono do José Garcia (meu conterrâneo e, por acaso, vizinho) que não tinhamos notícias de relevo desta modalidade até à chegada do Emanuel Silva, que de forma surpreendente, conseguiu atingir uma final Olímpica em Atenas, feito cuja repetição viria a falhar em Pequim por escassos milésimos. Entretanto, para além do Emanuel apareceram outros atletas muito jovens que têm conseguido títulos de nível europeu e mundial, feitos esses que têm obtido algum eco na imprensa.
Esta onde de sucesso trouxe-nos, no passasdo fim de semana, o melhor resultado de sempre da canoagem portuguesa, com uma medalha de prata no Campeonato do Mundo (absoluto), feito que foi conseguido pela dupla Fernando Pimenta/João Ribeiro.
Como dizia no início desta prosa, sou dos que vibraram com o feito e que valoriza o desempenho dos nossos canoistas. Embalado, não só por esta medalha, mas pelo conjunto dos resultados, dava comigo a pensar que o trabalho da Federação de Canoagem merece ser aplaudido quando, de repente choco com esta notícia!
Será possível? Haverá explicação para uma falta de senso tão grande como esta?
Bom, mas porque estranhei não ter visto o nome do Emanuel Silva na selecção que esteve no Campeonato do Mundo, surfei um pouco na net à procura de respostas, rapidamente tendo descoberto o blog do próprio atleta. Esteve ausente "por problemas de saúde", como aparece logo no post de abertura, facto que não o impediu de dar os parabéns aos seus colegas.
Curioso por saber mais sobre o Emanuel, fui lendo os seus posts quando me deparo com isto. O texto é de Abril deste ano e transmite uma amargura que não estava à espera de ler.
Desconheço o que se passa na relação entre a Federação de Canoagem e os atletas e o que poderá estar por trás das situações que envolveram o Fernando Pimenta e o Emanuel Silva. Contudo, e como observador atento, parecem-me indícios demasiados de que poderá haver um ambiente menos saudável que, a bem do desenvolvimento da modalidade, deveria ser corrigido.
Será que podemos, de uma vez por todos, aprender a conviver com o sucesso em Portugal?

Tuesday 17 August 2010

O treino prossegue...

... dentro do previsto. Com metade do mês já ultrapassado, levo 13 dias de treino (e 4 de descanso) e quase 145 km feitos. Depois de me ter sentido bastante cansado nos primeiros treinos do mês, hoje já tive sensações bem mais agradáveis e um à-vontade que não sentia há algum tempo para os 50 minutos da sessão. Como é lógico, isto traz-nos acrescida confiança.
A partir da próxima semana os treinos vão entrar numa nova fase, com a introdução de séries e talvez um treino de 30 Km no último domingo do mês. Veremos como corre esta segunda metade para depois avançar para um mês de Setembro um pouquinho mais "duro".

Thursday 12 August 2010

A maratona feminina dos europeus de atletismo


Bem sei que estas palavras aparecem um pouco fora de tempo, mas o que aconteceu às atletas portugueses que partriciparam na maratona do Campeonato da Europa de Atletismo merece alguns comentários, ainda que vindos de quem acompanha a realidade da alta competição à distância, sabendo pouco mais do que aquilo que é público.

No caso da maratona feminina, eu era daqueles que tinham fortes esperanças num resultado de grande nível da Marisa Barros e, lá no fundo da minha "adoração" pela Fernanda Ribeiro, esperava que ela pudesse, pelo menos, fechar a prova no top ten. A verdade é que me enganei redondamente.

Quanto à Fernanda, não vale a pena escrever muito, já que na fase da carreira em que ela se encontra o simples facto de ter estado em Barcelona já é por si só motivo de realce. Já quanto à Marisa Barros, a coisa é bem diferente.

Desde que se iniciou na maratona, Marisa fez, até Barcelona, um percurso permanentemente ascencional. "Abriu o livro" logo na sua primeira prova, com um tempo de grande categoria que lhe valeu a qualificação para os Jogos Olímpicos de Pequim. Aí, na condição de estreante, teve um comportamento que, não tendo sido brilhante, foi honroso, pelo que demonstrou de garra para chegar ao fim numa prova disputada em condições climatérias difíceis. Depois disso, Marisa continuou a gerir bem a carreira de maratonista, fazendo poucas provas, mas sempre com excelentes desempenhos e um record pessoal de nível mundial. Pelo meio, conseguiu ser a melhor europeia nos Campeonatos do Mundo de Berlin, com um excelente 6º lugar.

Sabendo-se que Marisa estaria em boa forma, era de esperar que conseguisse lutar pelas medalhas. O início de prova mostrava isso mesmo, com a nossa atleta sempre numa posição de destaque no grupo que liderou a corrida até aos 25 km. Em grande parte do tempo Marisa assumiu mesmo as despesas do andamento, aparecendo à cabeça do grupo. O que terá levado a que, com tamanha demonstração de autoridade ao longo da primeira metada da prova, Marisa tivesse falhado no momento em que a mesma se decidiu?

À imprensa Marisa falou de problemas relacionados com uma amigdalite que fora tratada umas semanas antes e do estômago. Ora, se Marisa sabia dessas suas fraquezas, porque razão se expôs (e desgastou) tanto na primeira metade da prova? Se ela tinha esses problemas, porque razão não optou por uma estratégia mais conservadora (com fez em Berlim, em que correu de trás para a frente)?

O oitavo lugar final é uma classificação honrosa para qualquer atleta. No entanto, para a Marisa que vimos evoluir desde 2007 sabe a desilusão. Espera-se, por isso mesmo, que ela e aqueles que a rodeiam saibam ter o espírito crítico suficiente para avaliar o desempenho da atleta, identificando e corrigindo os erros cometidos em Barcelona para que a possamos ver, já nos mundiais do próximo ano, e, principalmente, nos Jogos Olímpicos de Londres, a lutar pelo podium. Defendo que em desporto (e logo na maratona) ninguém pode garantir resultados, mas também não podemos chegar ao outro extremo, justificando os insucessos com meros dias de azar...

Monday 9 August 2010

Má forma

O começo da preparação para a Maratona do Porto está a ser algo custoso. Como seria de esperar, a falta de treinos nos últimos três meses fez-se notar, pelo que os musculos estão a ressentir-se de um trabalho mais intenso.

Ontem, por exemplo, fiz um treino de 20 km em 1h40m e acabei bastante cansado. Se na primeira metade andei a cerca de 4:50/Km, na segundo já andei sempre acima de 5:05/km e tive de fazer algum sacrifício para não diminuir mais o ritmo.

De qualquer forma o balanço da semana é muito positivo, pois fiz 6 treinos (num total de 70 Km) e acredito que lá para o final do mês já deverei ter recuperado bastante do "terreno perdido".

Monday 2 August 2010

Início de ciclo


A 96 dias de distância, inicio hoje o ciclo de treino para a participação na 7º Maratona do Porto, aquela que será a minha terceira experiência na distância. Com este objectivo em mente espero ultrapassar uma fase em que os treinos têm sido muito pouco regulares.
 
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