Tuesday 8 November 2011

Antes da Maratona do Porto

A minha participação da Maratona do Porto deste ano teve contornos completamente diferentes das antesriores 3 edições em que alinhei à partida da prova.
No primeiro ano que fui (em 2008), vivia a emoção da estreia. Tinha feito uma preparação razoável, embora a falta de experiência fosse evidente. Acabei em perda, mas muito feliz pela sensação de cortar a meta, uma das mais intensas da minha existência.
No segundo ano tinha feito uma preparação melhor e as expectativas eram altas. Apesar de ter feito aí o meu melhor tempo na distância, acabei bastante debilitado (creio que por falta de alimentação durante a prova), tendo passado longos minutos na tenda da Cruz Vermelha. No fundo, foi bom pelo record, mas algo traumático.
No ano passado as coisas correram ainda pior. Também entusiasmado por uma boa preparação, geri mal os andamentos e paguei uma pesadíssima factura, não conseguindo chegar à meta e tendo, novamente, de recorrer aos eficazes serviços da equipa da Cruz Vermelha quando faltavam escassos três quilómetros para a chegada. Depois do que tinha sucedido no ano anterior, esta situação levou-me a mudar algumas coisa na minha preparação para as maratonas. Confiante na nova estratégia de preparação, apostei em mudar de ares e fazer uma maratona na Primavera. Talvez o Porto me estivesse a dar azar! Foi em Maio, mas em circunstâncias muito condicionadas por um inesperado problema de saúde que me impediu de correr durante quatro das últimas seis semanas antes da prova. Apesar disso, e porque tinha feito uma preparação muito boa entre Janeiro e Março, o resultado foi muito satisfatório, não tanto pelo tempo final, mas pelas sensações que vivi e pelo sentimento de superação que se apoderou de mim.
Depois disso, a minha participação na Maratona do Porto era um dado adquirido. Ja refeito do problema de saúde, sentia-me em condições de fazer uma boa preparação e conseguir, também no Porto, correr uma maratona que me deixasse plenamente realizado: um bom tempo e boas sensações físicas durante e após a corrida.
Infelizmente, tudo correu mal. Não interessando aprofundar aqui as razões que levaram a que tenha corrido tão pouco nos últimos meses, a verdade é que a minha preparação me aconselhava a tudo, menos correr uma maratona. Vejam lá:
Julho - 5 treinos - 52 Km
Agosto - 10 treinos - 114 km
Setembro - 10 treinos - 122 km
Outubro - 0 treinos - 0 km
Novembro - 0 treinos - 0 km
Em resumo, fiz 25 treinos e 288 km nas 18 semanas antes da prova, sendo que corri zero vezes e zero quilómetros nas seis semanas imediatamente anteriores à prova.
Estando a inscrição feita desde Agosto, passei as últimas semanas a pensar no que haveria de fazer. Uma hipótese era pedir à organização a transferência da minha inscrição para a Family Race. A outras alternativa era não ir, como fiz na Corrida de S. João, uma prova à qual não falava há bastante tempo.
Andei nisto até à semana da prova. Não sei bem o que me fez decidir, mas, confrontado com estas dúvidas existênciais, acabei por escolher a maratona.
Nestas circunstâncias havia muito receio. Como é que irei reagir? Será que o corpo vai aguentar um esforço tão grande depois de perder a rotina da corrida? Será que, mesmo reduzindo o ritmo, irei conseguir? Enfim, as dúvidas eram imensas.
Talvez por isso, tenho escrito pouco neste blog. Quem o segue certamente reparou no silêncio dos últimos meses e agora percebe que não é só de palavras, mas também de quilómetros. De qualquer forma, quem gosta de correr pode ter fases melhores e fases menos boas, mas uma coisa é certa:
- Uma vez maratonista, maratonista para a vida!

Monday 7 November 2011

Maratona do Porto

Fui um dos que correram ontem a Maratona do Porto. Tal como seria de esperar, a prova não me correu nada bem. Acabei com o tempo de 4h43m56s com os musculos completamente "derretidos" e com grande sacrifício.
Este resultado é a consequência de uma fase em que não tenho treinado rigorosamente nada (a última vez que tinha corrido antes da maratona tinha sido no dia 26 de Setembro), pelo que o tempo alcançado e os sacrifícios por que passei não surpreendem.
Apesar disso, fiquei muito satisfeito por ter participado da grande festa que foi a Maratona do Porto e por ter conseguido terminar a minha 4ª maratona. Mais do que isso, gostei de ter terminado a Maratona do Porto sem ter experimentado a tenda da Cruz Vermelha, conforme tinha sucedido nos últimos 2 anos!

Nos próximos dias desenvolverei o assunto.

Thursday 13 October 2011

Um palhaço

Há coisas que não merecem grandes comentários. A história deste palhaço é uma delas.

Simplesmente lamentável.

Tuesday 11 October 2011

Terminar uma maratona e...

... saír imediatamente para a maternidade para ter um filho!

Parece incrível, mas a verdade é que no último fim de semana, uma americana, grávida de 39 semanas, cometeu essa loucura.

Vejam as fotos do lindo rebento!

Friday 23 September 2011

Uma conversa

No final da Meia Maratona Sport Zone dizia-me um amigo:

- Sempre vais à Maratona?

- Já estou inscrito - disse eu.

- Então este ano vou correr ao teu lado. Quero ver se faço 3h30m e aproveito a tua "boleia".

- Olha que não! Olha que não!, referi eu. Este ano ando a treinar muito pouco e vou fazer a prova muito mais devagar, apenas com o objectivo de terminar.

- Ohhh lá estás tu! Já sei como és! Dizes isso, mas depois não aguentas...

No fundo ele tem razão: eu costumo ser sempre muito pouco rigoroso no cumprimento dos andamentos delineados. A diferença deste ano é que já conheço bem qual é o preço que se paga quando isso acontece, pelo que se disse que vou fazer a prova muito devagar, vai ser mesmo assim. Apareça quem aparecer, este ano ninguém me desvia!

Monday 19 September 2011

Meia Maratona Sport Zone

Corri ontem a Meia Maratona Sport Zone. Esta, que teve a sua primeira edição em 2007, é já uma das mais prestigiadas Meias Maratonas do panorama nacional e internacional, pois tem contado com a presença dos melhores especialistas mundiais nas distância. Este ano também assim foi, com a participação (e vitória) do recordista mundial da distância, o Eritreu Zerzenay Tadese, que conseguiu, pela primeira vez no Porto, baixar da hora à meia maratona.

A minha participação deste ano, a quinta em cinco edições, foi bastante modesta. Perante a falta de treinos em quantidade e qualidade desejável para a participação na Maratona do Porto deste ano (o próximo objectivo), aproveitei esta prova para fazer um treino longo.

Por isso mesmo, tudo começou cerca de uma hora antes da prova, quando comecei o meu treino. Estacionando o carro no local da meta, fiz o percurso até à partida a correr, sempre num ritmo lento e confortável. O objectivo era o de somar quilómetros ao treino. Fiz cerca de 9,5 km.

Com a vontade de fazer o máximo de quilómetros possíveis, acabei por chegar ao ponto de partida mesmo em cima da hora de ser dada a largada para a prova. Não devo ter parado mais de um ou dois minutos entre o treino inicial e a prova propriamente dita. Com esta atrapalhação nem houve tempo para hidratar, conforme era minha intenção.

Como estava na frente, fiz os primeiros 500 metros em ritmo muito elevado para não ser atropelado pela multidão. Logo que pude, encostei e comecei a imprimir o meu ritmo. A ideia era rolar ligeiramente abaixo dos 5:00/km e ir escutando os sinais do corpo. Se desse para mais, aceleraria na segunda metade. Se não desse, tentaria manter esse ritmo.

Sempre no meio da multidão estava a fazer a minha corrida sem qualquer pressão. Nem quando passava por mim gente conhecida que, simpaticamente, me tentava arrastar para andamentos que não eram os meus eu cedia. O plano era mesmo para cumprir, pois sabia que não estava em condições para grandes aventuras. Era uma espécie de regime de solidão auto-imposto, aquele em que eu seguia no meio de grande multidão.

Fui fazendo quilómetros entre os 4:45/km e os 5:00/km e estava bastante confortável. A certa altura uma atleta pergunta-me qual o tempo que eu pensava fazer no final. Respondi-lhe que a coisa deveria ficar por 1h45m ao que ela respondeu prontamente: "Vou consigo"!

Finalmente arranjava uma companhia. Disse-me que era de Vila do Conde, tal como eu. Fomos lado a lado durante cerca de 1,5 a 2 km até à entrada na zona do Cais de Gaia. Aí, com as ligeiras subidas e a confusão do abastecimento, ela cedeu. Ainda tentei esperar um pouco, mas tinha a sensação de que a minha parceira não iria conseguiur recolar e, com pena de perder a companhia desta conterrânea, lá continuei na minha toada regular.

Passei aos dez quilómetros ligeiramente abaixo dos 49 minutos. Era bom. Como o treino era longo, levei comigo três cubos de marmelada. O primeiro tinha sido ingerido entre o treino pré-prova e o segundo foi aos 11 km. Não sei se foi por isso, se pelo calor que se fazia sentir, estava com muita sede. A cada abastecimento levava uma garrafa e bebia bastante. No início tive algum receio de ter alguma indisposição abdominal copmo muitas vezes me aconteceu quando bebia água ou isotónico a mais. A verdade é que não tive nenhum problema a esse nível.

Depois do túnel da Ribeira comecei a sentir o "peso" dos quilómetros. As pernas estavam a ficar pesadas e os 5:00/km estavam a tornar-se difíceis de manter. Mesmo assim ainda consegui andar sempre abaixo disso até aos 18Km e só nos últimos 3 é que andei ligeiramente acima.

Acabei a prova com 1h45m18s, um tempo fraco, mas que ilustra bem um estado de forma resultante de uma baixíssima carga de treinos. O objectivo é tentar aumentar um pouco o número de treinos para ver se consigo chegar ao dia da Maratona do Porto com a mínimas condições para a completar. Não vai ser fácil, mas há-de conseguir-se.

Monday 29 August 2011

Programa Nacional de Marcha e Corrida

Descobri este fim de semana o Programa Nacional de Marcha e Corrida quando brincava com os meus filhos no Parque de Jogos em Vila do Conde e vi lá colocada uma placa alusivo ao mesmo.

Curioso, fui ao site e obtive mais alguma informação, que, mesmo com alguma desactualização, nos esclarece sobre os objectivos do programa e a sua organização.

Apesar de me parecer uma realidade ainda pouco divulgada, fico muito satisfeito pela existência deste programa e ainda mais por saber que o meu município já a ele aderiu. Enquanto cidadão que gosta de desporto, sempre defendi que o país deveria fazer uma aposta na massificação da prática desportiva, ajudando e incentivando as pessoas a fazer desporto. Naturalmente que aprecio especialmente os esforços desenvolvidos no fomento do meu desporto preferido, mas acho que ideias destas devem alargar-se, pois as portas da prática desportiva devem existir noutras modalidades.

Neste caso concreto, desejo o maior sucesso para o trabalho que está a ser desenvolvido em vários pontos do país e especialmente em Vila do Conde. Já agora, deixo uma sugestão:
- Não será que o horário disponível para acompanhamento técnico às segundas e terças das 11.00h às 12.00h e às sextas das 16.00h às 17h é pouco convidativo, por exemplo, para quem trabalha? Que tal arranjar uma alternativa ao sábado de manhã ou num dia de semana após as 18.00h?

Wednesday 24 August 2011

Mundiais de Daegu

No próximo fim de semana começam os mundiais de atletismo, este ano na cidade de Daegu, na Coreia do Sul.

A Selecção Nacional estará representada com uma delegação com 24 atletas. Infelizmente, a comitiva nacional não tem nenhum atleta inscrito na maratona masculina e mesmo na feminina apenas a Marisa Barros irá competir. Este é mais um sinal do declínio do meio fundo e fundo português, especialmente do lado masculino, que nos últimos anos, com a honrosa excepção do Rio Silva, não tem produzido atletas de nível internacional.

Em termos gerais as expectativas quanto a resultados são muito baixas. Com o Nelson Évora e a Naide Gomes longe dos seus melhores momentos e a Jéssica num momento menos apurado de forma, são poucas as esperanças de chegarmos às medalhas. Neste panorama pouco animador, espara-se que a Marisa consiga repetir as boas prestações em grandes competições e, quem sabe, surpreender-nos a todos!

Nota curiosa - Na consulta à lista de inscritas para a maratona feminina encontrei esta senhora (Colleen de Reuck), uma americana que já tem 47 anos anos e que ainda se consegue apurar para uma competição destas na equipa americana, que é sempre bastante competitiva. Para quem dizia que a Fernanda Ribeiro, que conseguiu estar nos Europeus do ano passado com mais de 40, já estava a "passar das marcas", este é um exemplo de que os/as grandes atletas não têm idade! No extremo oposto, temos uma teenager coreana (Lee Sook-Jung) que, com apenas 19 anos, já consegue fazer maratonas a menos de 2h35! É claro que se fosse portuguesa ainda era capaz de levar uma multa pesada por excesso de... quilometragem! É que cá nós somos muito zelosos no desgaste da malta jovem e não os deixamos embarcar nestas coisas loucas de correr maratonas com idades tão precoces! Será por causa desta cuidadosa protecção que estamos a conseguir descobrir "tantos" atletas talentosos para o nosso fundo e meio fundo???

Monday 22 August 2011

Recuperar a forma

A recuperação da forma depois de várias semanas consecutivas em que os treinos foram muito poucos é um processo complicado. Depois dos meses de Junho e Julho em que corri poucas vezes e de um início de Agosto em que as coisas não melhoraram muito, vou sentindo algumas dificuldades em retomar os ritmos que eram habituais.
Espero que a passagem deste período de férias (e outras coisas menos interessantes) me permita voltar aos habituais 4 a 5 treinos semanais, pois a Maratona do Porto já não está muito longe.

Monday 11 July 2011

Ausência

Desde que abri este blog nunca estive tanto tempo sem escrever como nesta fase. A razão prende-se com as dificuldades que tenho sentido nos últimos tempos para manter uma actividade atlética tão intensa como vinha sendo normal.

Em primeiro lugar, e logo após a maratona de Blaye, senti algumas dificuldades em correr por via da terapia a que fui submetido, ainda no âmbito do problema de saúde que me impediu de correr em Abril passado. Trata-se de uma situação aparentemente controlada, mas que obriga a alguns tratamentos que em determinada fase são incompatíveis com as corridas e que obrigará a alguma vigilância nos próximos meses.

Em segundo lugar estou a passar por uma fase de trabalho bem mais intensa e que torna mais difícil a compatibilização do trinómio família-trabalho-corrida.

Espero que as coisas se comecem a "encarreirar" e que brevemente consiga por em prática o plano de treinos para a Maratona do Porto, na qual espero estar em boa forma.

Wednesday 25 May 2011

Corrida da marginal - Algumas notas

Quando falo de coisas que respeitam à minha terra acabo por ser sempre bastante parcial nas minhas análises, mas não é isso que me impedirá de deixar aqui alguns considerando sobre esta prova.

Como disse atrás, o percurso é lindíssimo, pois é feito ao longo da estrada costeira, sempre com o mar e as praias ao nosso lado, com passagem pela zona da marina e do Porto da Póvoa, o que traz uma acrescida variedade ao tipo de paisagem. A este facto acresce o facto de se tratar de um percurso plano o que oferece boas condições aos atletas para alcançarem uma boa performance desportiva.

A prova tem ainda fins sociais, sendo parte do lucro gerado entregue à Associação Portuguesa de Paramiloidose, uma doença incurável e altamente incapacitante que tem na zona de Vila do Conde/Póvoa de Varzim uma elevada incidência.

Com todos estes ingredientes, entendo que esta prova tem tudo o que é necessário para se tornar numa referência (pelo menos) regional no panorama das provas de estrada.

A verdade é que isso não está a acontecer. Esta foi a 5ª edição e, creio, a que registou uma menor adesão de atletas. Comparando com a última vez em que estive presente (a 2ª) esta edição teve apenas 305 atletas quando em 2008 haviam terminado 522 atletas. Esta menor adesão à prova também se verifica quanto à participação na caminhada, da qual não há números, mas que são inferiores aos da componente competitiva. Seria bom que se percebessem as razões que levam a estes números e que se consiga fazer a prova crescer.

Outro aspecto a rever é o dos abastecimentos. Havia dois pontos de abastecimento: um localizado ao km 2,5 e outro ao km 5. Sendo o percurso de ida e volta a localização é perfeita, mas obriga a uma boa gestão dos recursos disponíveis, pois é óbvio que o abastecimento do km 2,5 terá de ser provisionado com uma quantidade de água maior, já que, para além de servir os atletas em duas passagens, também tem de abastecer as pessoas da caminhada. Ora, isso não aconteceu, pois quando lá passei no percurso de retorno a água já estava esgotada, o que me deixou algo perturbado, pois sentia os efeitos de imenso calor.

Finalmente, o sistema de apuramento dos tempos merece reparo. Na classificação oficial fui creditado com 46m01s quando o meu tempo real foi de 44m48. Sabendo que parti um pouco atrás, seria normal que me fossem atribuídos mais 10 a 20 segundos, mas nunca uma diferença tão grande.

Apesar destes contratempos, é uma prova que recomendo vivamente e na qual conto participar sempre que me for possível.

Corrida da marginal

Domingo passado participei na 5ª edição da Corrida da Marginal, uma prova que liga Vila do Conde e a Póvoa de Varzim através de um belíssimo percurso junto ao oceano Atlântico.
A prova tem 10 km sendo que metade da distância é percorrida num sentido, invertendo-se depois a marcha para se terminar no mesmo local da partida. Esta prova tem o aliciante de alternar o local de partida entre as duas cidades a cada ano, sendo que este ano começava (e acabava) em Vila do Conde, a escassos metros de minha casa!
A minha participação nesta prova não tinha quaisquer objectivos que não o de participar, pois ainda tinha passado pouco tempo sobre a maratona e, como é sabido, venho de um período de poucos treinos.
Apesar disso, comecei um pouco mais rápido do que deveria, fazendo o primeiro quilómetro em cerca de 4m15s. Como o vento era contrário na primeira metade da prova, acabei por forçar um pouco enquanto estava fresco, pois sabia que na segunda metade teria essa ajuda para compensar a menor capacidade física. Cheguei ao ponto de retorno já bastante cansado num tempo de cerca de 22m15s, o que era razoável.
A segunda metade foi corrida com algum sacrifício, fruto do desgaste que sentia e que era consequência da deficiente preparação para aquele ritmo, da maratona da semana anterior e do imenso calor que se fazia sentir. A ordem era para aguentar a cadência que levava, o que acabei por conseguir com a ajuda do vento pelas costas e algum cuidado na gestão das (poucas) energias que ainda tinha.
Terminei a prova com 44m48s, um tempo fraco para um percurso completamente plano, mas que se compreende em função das circunstâncias.

Wednesday 18 May 2011

Marathon de Blaye - A minha prova (conclusões)

Como tenho referido várias vezes, o resultado final deixou-me muito satisfeito. Da prova tiro algumas conclusões:

- Na maratona a gestão criteriosa do esforço é realmente fundamental. Dificilmente se consegue fazer uma boa maratona se não se dosear o esforço com inteligência (delinear uma boa estratégia) e paciência (aguentar o impulso de andar a ritmos elevados quando estamos frescos e esperar pela reacção do corpo na hora crítica para decidir o andamento adequando).

- Nesta prova fiz uma boa hidratação e sinto que a alimentação também foi correcta. Creio que terá sido a prova em que bebi mais água (havia abastecimentos a cada 3 km) e nunca senti problemas no estômago com isso, como me aconteceu algumas vezes no passado. Para além disso, as 4 tomas de gel (a cada 9 km) foram eficazes, pois nunca senti perda de energia ou excessiva fadiga muscular.

- Esta prova tem um percurso fabuloso. As paisagem rural vinhateira é lindíssima e o facto de corrermos tanto em estradas rurais de alcatrão, como em estradões de terra ou literalmente no meio das vinhas traz uma mistura que não nos deixa ficar indiferentes a tanta beleza.

- Numa prova destas, em que acabam 446 atletas, acabamos por andar grande parte do tempo sozinhos, o que tem alguns aspectos negativos, mas, em contrapartida, dá-nos tempo para pensar em muita coisa. Talvez porque as coisas estavam a correr bem, mas também pela beleza da paisagem, não me custou mesmo nada esse facto.

Termino com uma curiosidade que merece ser contada. Quando cruzei a meta, o speaker apercebeu-se da minha alegria e chamou-me para falar comigo (de micro ligado!). Quando percebeu que eu era português e que corria com a camisola do Ginásio Clube Vilacondense, falou-me imediatamente de um tal Baltazar Sousa, que ele sabia ter concluido no 36º lugar da geral a Maratona de Paris sendo o 3º Veterano com um excelente tempo na casa das 2h30m! Disse-lhe que era meu colega de equipa e, como devem calcular, fiquei super orgulhoso de saber que a camisola do Ginásio Vilacondense era conhecida por aquelas paragens pelo mérito do Baltazar.

Tuesday 17 May 2011

Marathon de Blaye - A minha prova (descrição)

A prova tinha cerca de 500 inscritos, pelo que a confusão na partida não era muita. A logistica foi muito simples, pois estava num hotel que distava não mais de 200 metros da linha de meta, pelo que me sentia muito confortável.

À hora da partida decidi situar-me bem atrás, sendo um dos últimos a partir. Às 09.00h lá foi dado o tiro e comecei a prova. O primeiro quilómetro, que incluia uma parte que descia, foi cumprido em ritmo calmo, em 5:37. O pelotão ia animado, com os vários disfarçados a interagir com o público e eu seguia calmamente e a cumprir o pleneado.

O percurso, apesar de não ter montanhas complicadas, era, especialmente na primeira metade, de constante sobe e desce. Não eram subidas muito inclinadas, mas algumas eram longas e custavam um pouco. No ritmo escolhido, sentia-me a correr com muita folga e fiz os primeiros 5 quilómetros em 28m21s, o que dá uma média de cerca de 5:40/km. Pensei que talvez estivesse a andar um pouco acima do que devia, mas a verdade é que a corrida estava a saír muito fácil e a respiração era extremamente calma. Deixei-me seguir assim.

O sexto quilómetro talvez tivesse sido o mais difícil de toda a prova, mas fi-lo com razoável facilidade e à média exacta de 6:00/km. O quilómetro seguinte teve uma descida acentuada e, por isso, acabou por ser dos mais rápidos, sendo cumprido em 5:00 exactos. Fora estes períodos, seguia quase sempre na casa dos 5:40/km, de tal forma que cheguei aos 10 quilómetros com 56m11s de prova.

Ao 9 quilómetros tomei o primeiro gel. Em termos de abastecimento a táctica definida apontava para uma toma a cada 9 km, sendo que o gel dos 27 km era diferente (tinha uma componente forte de magnésio na sua composição).

Como me sentia bem, continuei a prova ao mesmo ritmo, embora com uma ligeira tendência de aceleração. A passagem aos 15 quilómetros é feita com 1h23m33s, o que aponta para um parcial de 5 quilómetros já cumprido perto da média de 5:30/km. Sentia que estava a acelerar um pouco e tentava controlar-me. Lembro-me perfeitamente de ver um ou outro atleta passar por mim e ter a tentação de o acompanhar, mas a verdade é que os deixei ir e continuei, sem qualquer cedência, a minha estratégia.

Aos 16 quilómetros tive o primeiro momento de apoio, com a minha esposa e a minha filha na estrada a gritarem por mim! Que bem que sabe, embora o momento seja sempre curto. Demasiado curto, mas muito motivador.

Nesta fase já rolava quase sempre abaixo de 5:30km, o que me assustava um pouco. Só não me assustava mais porque me sentia mesmo bem. O passagem aos 20 quilómetros aconteceu com 1h49m55s de prova, o que dá um parcial de 5 quilómetros com a média na casa dos 5:20/km, o que era demasiado. A passagem à meia maratona (21 km) acontece com 1h55m24, um tempo que daria para um tempo final entre as 3h50m e as 3h52m, o que já me deixaria satisfeito.

Nesta fase já tinha tomado o segundo gel e sentia-me forte. A respiração estava muito controlada e a parte muscular respondia muito bem. Se assim era, porque razão mudar, pensava eu? Continuei, pois, rolando, até aos 25 quilómetros, sempre entre os 5:20/km e os 5:30/km. Passei os 25 quilómetros em 2h17m13s com bastante fescura e já numa fase da prova em que praticamente ninguém me ultrapassava e em que eu ultrapassava bastante gente.

Ao 27 quilómetros tomei a minha dose de magnésio e continuava em excelente ritmo, registando neste parcial de 5 quilómetros dois em que andei na casa dos 5:15/km. Apesar do andamento demasiado rápido, ao contrário de ficar assustado, começava a ficar cada vez mais confiante, pois sentia-me com força, o que nunca me tinha acontecdio nesta fase da prova nas 3 maratonas anteriores. Cheguei aos 30 quilómetros com 2h44m04s e com a moral elevada.

Depois de passar os 30 quilómetros, e porque me sabia a aumentar o ritmo, tinha o corpo numa espécie de "alerta parmanente". A verdade é que o estado de alerta apenas servia para me injectar ainda mais confiança, pois os quilómetros sucediam-se e as pernas continuavam a responder com a mesma eficácia. Este parcial de 5 foi excelente (5:16 / 5:19 / 5:33 / 5:29 / 5:14) em termos de andamento e mais importante ainda em termos de moralização. A forma como sentia o corpo dava-me quase a certeza, logo ali, de que iria chegar ao fim. Só faltava saber se haveria ainda alguma quebra ou se daria para manter aquele crescendo.

Neste empolgamento decidi antecipar a toma do último gel (dos 36 para os 35) com o objectivo de ganhar alguma energia adicional ou de conseguir disfrutar dela por mais 1 quilómetro! Ao 36 quilometros tenho o segundo momento de apoio familiar. Surpreendentemente, a minha filha quando me vê ao longe, corre na minha direcção para me abraçar. Num gesto espontâneo, decido pegar nela (já tem 22 kg) e, sem parar, corro com ela ao colo durante cerca de 100 metros! Ela agarrava-me com força e eu nem notava que estava a carregar com um peso substâncial que me poderia desgastar excessivamente! Foi um momento fantástico e emotivo! Deixei-a com a minha mulher e continuei. Um pouco à frente dei-me conta da "loucura" que tinha cometido, mas a minha energia era bastante e não me ressenti desse esforço. Este parcial continuou a ser bastante bom (5:08 / 5:30 / 5:21 / 5:06 / 5:14). Cada quilómetro feito depois dos 35 era como que uma vitória, pois a sensação era de estar cada vez mais perto do objectivo. Os 40 quilómetros foram alcançados com 3h37m15s.

Para além do empolgamento cada vez maior de me sentir a correr com força à medida que os quilómetros avançavam, há um outro factor enormemente motivador. É que, depois dos 25 ou, no máximo, dos 30 quilómetros, não houve um único atleta que me ultrapassasse, isto enquanto eu ia passando vários. Muitos, eram os tais que na primeira metade da prova me tinham passado e relativamente a quem eu cheguei a sentir vontade de acompanhar.

Depois dos 40 quilómetros, o percurso já é feito na citadela de Blaye, com a meta por perto. Nessa altura sentia-me veradeiramente satisfeito. A prova iria ser superada e o tempo final ficaria, segurammente, abaixo de 3h50m, o que era bastante bom para as circunstâncias. O meu ritmo manteve-se, sendo o quilómetros 41 cumprido em 5:20 e o 42 em 5:06. Os últimos metros, já em plena recta da meta (a subir) e em cima de um motivador tapete vermelho, foram feitos ao sprint para terminar com 3h48m22s numa explosão de alegria que perdurará por muitos anos na minha memória.

Depois de acabar a prova recebi o apoio da minha família e fiquei no meio dos atletas a desfrutar do momento. Nunca tinha acabado uma maratona com tanta frescura. Nunca tinha saborado o prazer de fazer a segunda metade da prova mais rápido do que a primeira e, acreditem, é realmente fantástico. A sensação de força na parte mais difícil é algo indescritível. É poder, é alegria, é prazer, é único.

Por mais paradoxal que possa ser, esta, que é a maratona em que fiz pior tempo das três que conclui, é, de longe, aquele que mais prazer meu deu!

Marathon de Blaye - A minha prova (introdução)

Como aqui expressei ao longo dos últimos meses, esta prova tinha alguma importância para mim. O desaire da Maratona do Porto, em Novembro passado, deixou as suas marcas. Não foi só a desistência, mas o facto de ela ter acontecido depois de também no ano anterior, apesar de ter terminado a prova, o ter feito em forte perda e de ter necessitado, em ambas as edições, de recorrer ao apoio médico da organização, factos que me faziam recear uma nova situação do género.

Como atribui os problemas por que passei a uma preparação insuficiente e a uma desajustada gestão do esforço, tinha decidido para mim mesmo que iria resolver ambos os defeitos.

Se assim pensei, melhor o fiz. Comecei o ano a treinar para a maratona, apostando em mais treinos longos e em treinos longos mais longos. Para além disso, durante a semana intercalava treinos de recuperação com séries e fartleks. Consegui fazer cerca de 250 km por mês ao longo de Janeiro, Fevereiro e Março e sentia que estava a progredir.

Quando me vi impedido de correr no início de Abril, temi que todo o trabalho feito ficasse perdido, mas foi-me dito que a paragem seria de cerca de 2 semanas. A verdade é que durante todo o mês de Abril apenas corri uma vez (no dia 1) o que me desanimou bastante, embora nunca tivesse colocado em questão a desistência da prova.

Quando recomecei a correr, já no início deste mês, sabia que não podia forçar demasiado (para não chegar à prova cansado), pelo que optei por fazer treinos calmos. Para que pudesse ter uma ideia de como estava em termos de resistência, decidi fazer um teste no domingo anterior à prova. Corri 34 km, sempre a um ritmo lento (cerca de 6:00/km), fazendo 3h18m. No final sentia-me razoavelmente bem, embora tivesse a sensação de que, se estivesse em prova, não seria possível andar muito mais do que àquele ritmo.

Estava então decidia a minha táctica para a prova. Começar bem lento e ir avançando em função da resposta do corpo. O objectivo único era chegar ao fim, embora deva confessar que, para mim mesmo, pretendia não ultrapassar as 4h de prova.

Marathon des Vins de Blaye

As minhas anteriores experiências na maratona tinha sido sempre na Maratona do Porto (edições de 2008, 2009 e 2010). Esta prova em que participei é completamente diferente. Se no Porto temos uma maratona em crescimento (embora ainda pequena), mas que se pretende comparar às grandes maratonas desse mundo, em Blaye temos algo que está "noutra onda". Com efeito, esta prova é pequena e explora muito bem as vantagens de o ser, pois faz do evento uma festa permanente que procurar envolver os seus participantes de forma quase familiar.

Vejamos alguns exemplos:
- Em Blaye, o prémio do venceder é o seu peso em vinho! Até parece brincadeira, mas é mesmo assim! Como é óbvio, este tipo de prémios afasta uma série de atletas que fazem da corrida a sua forma de vida...
- Em Blaye, logo quando fazemos a inscrição, temos de informar a organização se pretendemos correr disfarçados ou não! O resultado é que uma grande parte dos atletas aderem a este espírito de brincadeira, havendo um pouco de tudo, desde palhaços a frades, de figuas históricas a bonecos de banda desenhada, entre muitos outros.
- Em Blaye o programa dura 3 dias, incluindo a pasta party na noite anterior à prova, mas inclui um almoço após a prova e jantar no dia da prova, bem como um roteiro turistico no dia seguinte! Aqui é curioso registar que, sendo a prova um meio de publicitar a região vinícola de Blaye (Bordeaux) havia sempre vinho à disposição de todos. Apesar disso, notava-se um certo recato no consumo durante a pasta party bem contrastante com o que se viu no jantar que se seguiu à prova...

O facto de a prova se realizar no sábado permite que o programa proposto tenha boa adesão e que se disfrute de um fim de semana excelente.

Para além de tudo isto, há ainda o percurso. Para começar, a vila de Blaye é muito bonita. Situada no estuário do Gironde esta povoação recentemente elevada à categoria de património mundial da Unesco, possui uma fortificação impressionante e um património bem preservado que justifica, só por si, a visita. Depois, sendo uma zona vinhateira, tem por todo o seu território a beleza dos vinhedos a marcar uma paisagem verdejante que impression pela beleza. É em todo este cenário que corremos. Começamos e acabamos dentro do casco histórico, dentro do citadela, mas depois passamos pelas zonas rurais, por entre bosques e vinhados, não deixando sequer de passar pelas quintas (Chateaux) de produção de vinho.

O resumo de tudo isto é fantástico. Serei suspeito pelo facto de a prova me ter corrido bem, mas a verdade é que adorei todo o "pacote".

Saturday 14 May 2011

Marathon de Blaye - Já está!

Depois de muita ansiedade, o grande objectivo de concluir a minha terceira maratona está cumprido. A prova decorreu esta manhã e o resultado, não sendo brilhante, cumpriu na íntegra o que era esperado.


Terminei a prova em 3h48m22s (no meu relógio) fazendo algo que nunca me tinha acontecido: consegui correr a segunda metade da maratona em menos tempo do que a primeira e acabar a prova ao sprint, depois de fazer o meu quilómetro mais rápido!

Depois do que me aconteceu no Porto/2010 e dos precalços no decorrer da preparação desta prova, sinto-me extremamente satisfeito!


Nota - Quando chegar a Portugal coloco os acentos, cedilhas e conto mais pormenores desta fantástica prova.

Thursday 12 May 2011

Marathon de Blaye

Dentro de momentos vou partir para França com o objectivo de participar na Marathon de Blaye. Tal como tenho escrito, a preparação para esta prova foi perturbada pela paragem forçada durante todo o mês de Abril. Retomei a corrida no início deste mês, o que não me deu o tempo suficiente para readquirir a forma e a resistência com que gostaria de me sentir à partida.
Apesar de tudo isso, no próximo sábado lá estarei na linha de partida para a minha quarta maratona. Os objectivos são modestos mas, dadas as circunstâncias, acabar será uma grande vitória!

Wednesday 4 May 2011

Regresso aos treinos

Depois de um mês em que fui forçado a parar por razões de força maior, voltei a correr na passada segunda-feira. Dadas as circunstâncias, as sensações foram razoáveis, embora tenha sentido algum cansaço no final de um treino que, em condições normais, não deixaria a menor mossa.

Tudo estaria bem, não fosse dar-se a circunstância de estar a menos de 10 dias de correr uma maratona. Aliás, para quem tinha prometido a si mesmo que só voltaria a correr uma maratona quando sentisse, para lá de quaisquer dúvidas, que estava bem preparado, esta situação em que me vejo é realmente incrível. De qualquer forma a vida é mesmo assim: temos de estar sempre preparados para ser confrontados com o inesperado e para testar a nossa capacidade de resistência...

Este fim de semana vou fazer um teste que me irá ajudar a definir a estratégia para a prova que, como é óbvio, será diferente da que levava na cabeça em cada uma das 3 vezes anteriores.

Wednesday 20 April 2011

IV Meeting Blogger

No próximo sábado vai realizar-se em Constância o IV Meeting Blogger, um encontro de pessoas que, nutrindo gosto pela prática da corrida, aliam essa prática à partilha das suas experiências neste mundo do atletismo com o resto mundo através de blogues.
Sendo um dos responsáveis pela criação destes eventos, tendo mesmo assumido com o meu amigo Meixedo a organização da edição número dois, é com grande tristeza que me vejo impossibilitado de estar em Constância.
A circunstância de ainda estar impedido de correr por ordem médica faz com que não me sinta com a melhor disposição para me deslocar tão longe apenas para ver os outros correr. É certo que o dia seria ganho apenas pelo convívio com amigos tão extraordinários como o António, o Luis, o Joaquim, o Fernando, entre muitos outros, mas tenho a certeza de que compreendem que em tempos como aqueles que vivemos e com tais condições de ânimo, a minha ausência será compreendida e relevada por todos.

Deixando uma palavra especial ao Nuno Romão, organizador desta edição, quero desejar a todos os amigos um dia muito bem passado e apenas lhes peço que, no rescaldo deste encontro de Constância, fique já marcada a realização do V Meeting Blogger pois quero voltar a estes sadios encontros.

Tuesday 19 April 2011

Jéssica e Dulce

As maratonas do último fim de semana proporcionaram exibições de grande classe por parte de algumas das nossas melhores atletas. Jéssica Augusto, a melhor fundista nacional da actualidade e que parece ter conseguido ultrapassar alguns bloqueios mentais que a impediam de se afirmar ao mais alto nível mundial, conseguiu um tempo verdadeiramente excepcional na Maratona de Londres: 2h24m33s! Esta marca coloca-a como a segunda melhor portuguesa de sempre e, atenta a sua idade, permite-nos acalentar a esperança de a ver brilhar ao mais alto nível no actual e no futuro ciclo olímpico.
Entretanto, Ana Dulce Félix também esteve em grande nível ao ser segunda em Viena com o excelente tempo de 2h26m30s, uma marca que a coloca na lista das melhores portuguesas de sempre. A progresão desta atleta tem sido notável, com resultados de grande qualidade em 10.000 metros na pista e em várias provas de cross e estrada em que tem participado, o que também deixa muito boas indicações para o futuro.
Com as performances de Jéssica Augusto, Ana Dulce Félix e Marisa Barros Portugal volta a ter um naipe de maratonista capaz de disputar qualquer prova, honrando assim as glórias passadas, nomeadamente os títulos alcançados por Rosa Mota e Manuela Machado.
Agora, só falta as meninas explicarem aos nossos atletas "como se faz", para ver se conseguimos, também no sector masculino, voltar a chegar ao topo.

Wednesday 13 April 2011

Azar

Estando eu em avançado momento de preparação para a participação na Maratona de Blaye, eis que fui vítima de um problema de saúde que me está a impedir de treinar praticamente desde o início deste mês.
Em princípio o problema não é grave e a presença em França, no próximo dia 14 de Maio, não está em causa. No entanto, uma coisa é já certa: não estarei em condições de fazer uma prova de acordo com as expectativas que vinha alimentando face à evolução positiva nos treinos.
Assim sendo, o objectivo para Blaye é apenas um: terminar a prova!

Monday 28 March 2011

A estreia em pista

No passado sábado fiz a minha estreia em provas de pista. Era uma coisa que já há algum tempo gostava de experimentar, mas quem nunca se tinha proporcionado, seja porque as provas disponíveis não são muitas, seja por falta de oportunidade.

No passado sábado tudo se conjugou para que esse meu desejo se concretizasse. A prova escolhida foi o Campeonato Regional de 10.000 metros da Associação de Atletismo do Porto (na qual estou filiado), que se realizou à tarde no Estádio Prof. Vieira de Carvalho, na cidade da Maia.

À partida não tinha grandes expectativas. Sabia que era um forte candidato ao último lugar e a minha única intenção era a de dar o meu melhor tentando aproximar-me o mais possível dos almejados 40 minutos.

Durante a manhã fiquei com a sensação de que iria ter de correr debaixo de chuva, o que não se veio a confirmar, pois o tempo melhorou ligeiramente da parte da tarde. Aliás, com a paragem da chuva e uma temperatura amena, as condições para correr eram boas.

Logo após a partida imprimi um ritmo na casa dos 4:00/Km para ver até onde conseguia aguentar a cadência que me permitiria atingir o grande objectivo. Infelizmente apenas o consegui no primeiro quilómetro, pois todos os seguintes foram feitos num ritmo entre os 4:05/4:10, com as excepção dos que mediaram entre o 6 e o 9, em que caí para casa dos 4:15. Apesar disso, o ritmo foi razoavelmente regular e, não forçando em demasia, senti-me sempre bem.

A contagem das 25 voltas para quem, como eu, cedo andava com bastante atraso face aos primeiros, era uma incógnita. Apesar da dúvida inicial, acabei por me adaptar bastante bem e nunca tive dúvidas quanto ao número de voltas. A este respeito devo louvar o papel dos juízes que, sempre que eu passava, me avisavam do número de voltas que ainda faltavam para o fim da prova.

Acabei a prova em 41:58, um tempo bastante razoável para mim, pelo que faço um balanço positivo desta experiência. Gostei de correr em pista e, sempre que me for possível, tentarei repetir.

Tuesday 22 March 2011

As mudanças de vida e as maratonas

Todos conhecemos casos fantásticos de pessoas que, não se sentindo satisfeitas com o rumo das suas vidas (no todo ou em parte), tomaram decisões de mudança que, muitas vezes, as trouxeram até às corridas e às maratonas.
Não precisando de ir mais longe, lembro-me de belas histórias que conheci aqui na blogosfera, como a do Rui ou a do Pedro, apenas para citar dois de entre muitos exemplos que poderia dar.
Bom, ao que parece, há mais alguém que, estando a mudar de vida, já estabeleceu como objectivo nesta sua nova fase entrar no clube dos maratonistas. Neste caso específico é no clube DAS maratonistas.
Pois então seja benvinda Sra. D. Filipa. Se precisar de apoio, cá estaremos para a encorajar a ultrapassar as dificuldades que a preparação da primeira maratona sempre traz consigo!
Ah..., não sei com quem tem partilhado esta sua experiência, mas desejo que não lhe façam a pergunta que mais me irrita quando digo a alguém que vou correr uma maratona e me dizem:
- A sério que vais correr uma maratona? De quantos quilómetros?
Boa sorte amiga Filipa!

Monday 21 March 2011

Os treinos

Depois de uma primeira quinzena "negra", em que o tempo para treinar foi muito pouco, estou a tentar recuperar a cadência de 4/5 treinos por semana, o que me permitirá fazer uma preparação equilibrada para a maratona de Maio.

Apesar desse contratempo, tenho cumprido os treinos longos com bastante assiduidade e sinto que os resultados dessa aposta se estão a fazer sentir. Para além de estar a ganhar uma habituação cada vez melhor à alimentação (cubos de marmelada e gel), tenho vindo a melhorar a minha resistência, o que já se fez sentir na Corrida do Dia do Pai, em que fiquei a apenas 66 segundos do meu melhor tempo aos 10 km.

Ontem fiz um treino de 34 km, cumprindo um percurso entre Vila do Conde e a Póvoa de Varzim idêntico ao do treino de 8 de Março. As diferenças foram as seguintes:
- Ontem fiz 2h48m30s e no dia 8 de Março tinha feito 2h51m02s;
- Ontem comecei mais devagar (primeiros 10 km sempre acima de 5:00/Km) enquanto que no dia 8 tinha começado ligeiramente mais rápido;
- O tempo de corrida aos 25Km de ontem era exactamente o mesmo do dia 8 de Março;
- Ontem fiz os últimos 9 km cerca de 2m30s mais rápido do que no dia 8 de Março;
- Ontem acabei menos desgastado do que no dia 8 de Março!

Monday 14 March 2011

Corrida do Dia do Pai

Este ano voltei a fazer a Corrida do Dia do Pai. É uma prova de que gosto bastante, mas que, por razões diversas, já não fazia desde 2008.

Num ano em que tenho competido muito pouco, esta era uma boa oportunidade para "medir" o meu actual estado de forma, embora as duas últimas semanas tenham sido bastante negativas em termos de disponibilidade de tempo para treinar...

A prova correu-me bem. Na passada semana tinha feito um treino de 34 km no dia de carnavel (terça-feira) e, por isso, sabia que não estaria nas melhores condições para uma grande marca. Contudo, acabei por conseguir um resultado interessante o que me anima bastante.

Comecei a prova um pouco rápido. Tendo partido à frente, é sempre difícil escapar à tentação de começar rápido. Apesar disso, fiz o primeiro quilómetro a poucos segundop abaixo dos 4 minutos, o que não é muito exagerado. A partir daí procurei "estacionar" num andamento entre os 4:00 e os 4:10/km. Consegui aguentar assim até metade da prova.

Depois disso, senti algum cansaço muscular e tive de baixar um pouco a intensidade, tendo feito a segunda metade sempre entre os 4:20 e os 4:30/km. Tive pena de não conseguir manter a cadência, mas não dava mesmo.

Acabei a prova com o tempo final de 42:12, tendo sido o 258º atleta classificado num total de 2.215 atletas que completaram a prova. Comparando com a Corrida dos Reis de Vila Nova de Gaia, ocorrida há 2 meses, consegui melhorar mais de 2 minutos, o que mostra uma boa evolução.

Agora, é continuar a treinar, pois já só faltam 2 meses para a Maratona!

Tuesday 1 March 2011

Marathon des vins de Blaye

Correspondendo à vontade de correr uma maratona no primeiro semestre deste ano, já tomei uma decisão. Vou inscrever-me na Marathon des Vins de Blaye, prova que se vai realizar no dia 14 de Maio na região de Bordéus, França.

Esta prova foi-me sugerida pelo amigo Mark Velhote, na caixa de comentários deste post. Como a data estava dentro daquilo que tinha previsto, em função do tipo de preparação que estou a fazer e como gostei da descrição da prova, acabei por me decidir.

Esta é uma prova que, para além da componente desportiva, também promove os vinhos da região de Blaye, tendo um percurso que atravessa 12 Chateux's e que tem vários pontos para provas de vinhos e grupos musicais ao longo de todo o percurso. É uma prova que não costuma ter muitos inscritos, mas que me parece ter tudo para se transformar numa grande festa!

Entretanto a preparação está a correr muito bem. No domingo foram 31 km em 2h35m, feitos praticamente sempre em piso de paralelo, ao longo dos quais me senti bastante bem e que terminei razoavelmente confortável. Sinto que a aposta nos treinos longos que estou a fazer está a dar os seus resultados e só espero não ter nenhuma lesão até ao dia da prova.

Wednesday 23 February 2011

Um treino bem conseguido

De um modo geral cada treino é um momento de satisfação. Apesar disso, há dias em que nem sempre assim acontece. Às vezes estamos preguiçosos e não nos apetece nada vestir os calções e sair para correr. Outras vezes estamos cansados e a disposição é pouca, enfim, nem sempre estamos com a mesma disponibilidade física e mental para correr.

No meu caso particular, há treinos que me custam sempre um pouco mais a encarar. Geralmente, os dias em que tenho de fazer séries são aqueles que menos entusiasmo prévio geram em mim. Faço-os porque os sei importantes, mas sem grande vontade.

Ora, hoje, que era dia de séries, tenho a dizer que estou muito satisfeito porque o treino me correu extremamente bem. Não sei bem porquê, mas a forma como as coisas sairam e as sensações que fui sentindo deixaram-me muito contente.

Comecei com 20 minutos calmos para aquecer e a intenção era fazer no mínimo 10 repetições de 1 minuto à média de 3:30/km com 1 minuto de recuperação. Como me estava a sentir bem logo desde o início, comecei a fazer cada repetição a 3:25/km e não me fiquei pelas 10, tendo ido até às 12. Como a coisa estava mesmo a correr bem, decidi fazer mais duas, sendo que estas últimas foram a 3:15/km!

Acabei o treino com bastante à vontade e super satisfeito. É em dias destes que a corrida nos preenche!

Wednesday 16 February 2011

Correr à noite

Quando o tempo é pouco e a vontade é muita, todos os minutos contam. Talvez esta seja a razão que justifique o facto de ter começado a fazer alguns dos meus treinos à noite.
Ontem, cerca da meia noite e trinta, lá me lancei ao asfalto para 70 minutos de corrida. O percurso habitual, na marginal entre Vila do Conde e Póvoa de Varzim, estava completamente deserto (não passou ninguém a pé por mim durante todo o tempo) e a agressividade do mar era de tal forma evidente, que não evitei uns salpicos de água salgada em alguns locais, isto para além de ter visto a água chegar à Avenida dos Banhos na Póvoa de Varzim. Tive ainda de lutar contra o forte vento na segunda metade do percurso, o que acabou por trazer uma componente "técnica" ao treino que não era esperada...
À parte as dificuldades do clima agreste destes dias invernosos, os treinos noturnos são excelentes, funcionando com uma boa alternativa para quem não tem tempo para correr durante o dia.

Friday 11 February 2011

Uma maratona

Depois da desilusão do Porto decidi que iria tentar fazer uma nova maratona no primeiro semestre deste ano. Para isso tenho vindo a treinar-me razoavelmente bem (em janeiro foram cerca de 250 km) e espero, a partir de Abril, estar em condições de poder enfrentar o desafio da maratona com reduzida probabilidade de repetir o fracasso de Novembro passado.
Não sendo do tipo de pessoas de entrar em crise existêncial na ressaca de um insucesso, também não sou inconsciente ao ponto de deixar as coisas entregues à sorte. Ao contrário, acredito que para atingirmos os nossos objectivos é necessário desejá-los e trabalhar com dedicação e afinco para os alcançar. Neste caso concreto, é necessário treinar muito e bem, preparando o corpo para que este consiga suportar a dureza de uma prova longa e muito exigente.
Neste momento não creio ser possível atingir tais condições antes do final deste trimestre, pelo que a maratona a realizar terá de acontecer no segundo. Não havendo nenhuma que se realize em território nacional, fica-me a dúvida sobre qual a melhor alternativa que combine duas coisas importantes:
- Um custo baixo (inscrição, deslocação e estadia);
- Um percurso plano.
Há sugestões?

Friday 4 February 2011

As pessoas não são matemática...

... e por isso acontecem coisas destas.

Parecendo irreversível a perda da grande atleta (pelo menos por uns tempos largos), esperemos que tudo isto não descambe para uma espiral negativa que faça perder a pessoa.

Monday 31 January 2011

Treinos

Enquanto grande parte dos maus amigos coredores estava ontem a correr em Viana do Castelo ou na Maratona de Badajoz, eu dedicava-me aos treinos. Num fim de semana de afazeres familiares que me impediam de estar em Viana na Meia Maratona local, aproveitei para mais um treno longo. Foram 30,8 km em piso plano e corridos debaixo de muito frio pouco depois do nascer do dia.
Embora levasse relógico, fiz questão de correr sem olhar para ele ao longo das mais de 2h30m que durou o treino. Assim, e tendo-me deixado levar pelo ritmo que as pernas pediam/permitiam, foi curioso ter constatado que fiz uma corrida em ritmo bem regular, apenas com uma muito ligeira quebra nos últimos 5 km.

Monday 17 January 2011

Treino longo

Ontem voltei a fazer um treino longo. Foram 25 quilómetros percorridos em 2h01m. Senti-me muito bem, o que me dá redobrado ânimo para continuar a preparar a próxima maratona (que ainda não sei quando nem onde será).
Duas curiosidades do treino:
- À falta de tempo num fim de semana muito preenchido, tive de treinar durante o tempo que esperei pela minha filha enquanto ela estava na festa de aniversário de uma colega do infantário;
- Por isso mesmo, e porque tinha tempo limitado e a festa ficava a dois passos do ginásio, foram duas horas em cima do tapete a ver SportTV e Eurosport!

Monday 10 January 2011

Corrida dos Reis

Ontem abri o meu ano de corridas. Foi em VN Gaia, na Corrida dos Reis.

Esta foi a primeira vez que fiz a prova e, apesar de alguns pormenores menos conseguidos, gostei. O cenário é conhecido e muito bonito mas, ao contrário do que estava à espera, faltou algum calor humano no apoio aos atletas (onde estava o povo da Afurada???).

Vamos então à minha prova. Tudo começou na noite anterior. O jantar era em casa de amigos e da ementa constava a degustação de um leitão assado na Flor do Ave. Para quem não sabe, a Flor do Ave é um restaurante situado na Trofa onde se fabricam dos melhores leitões que se conhecem. Bem, o jantar foi animado e como devem imaginar, comi e bebi generosamente, não me condicionando um milímetro que fosse pela "responsabilidade" de ir correr na manhã do dia seguinte.

Como seria de esperar, sair da cama de manhã foi um problema. Ao contrário do que costumo fazer nos dias de prova, não me levantei com antecedência suficiente para tomar o pequeno almoço (e deixar tempo suficiente para a digestão se fazer), pelo que saí de casa directo à prova sem comer nada.

Quando lá cheguei fui levantar o meu dorsal (e dos meus colegas de clube), operação que demorou demasiado tempo. Acho que a organização deveria rever este aspecto, pois as pessoas que estavam a desempenhar esta função não me pareceram capazes de assegurar a fludez exigida.

Antes da prova fiz um ligeiro aquecimento e, logo aí, vi que não era dia para grandes aventuras... Fui para a linha de meta e esperei pela partida. Estava bem na frente e comecei em bom ritmo. Logo que consegui algum espaço para colocar o meu ritmo, "estacionei" nos 4:20/km. Era um ritmo bem razoável e pareceu-me que talvez o conseguisse aguentar.

Nos primeiros 2/3 km fui ultrapassado consecutivamente por imensos atletas (alguns amigos e conhecidos), mas nunca me deixei perturbar ou influenciar pelos seus ritmos. Creio que por volta dos 2 km passa o Novais, de quem já muito tinha ouvido falar, que me cumprimenta a acompanha. Vamos conversando um pouco e, tendo intenção de manter aquele ritmo, formamos uma parelha que se viria a manter até ao fim.

Sempre certinhos no ritmo, apenas se cria entre nós alguma distância nas curtas mas desagradáveis subidas da Afurada. Nesses instantes ele avança uns 20/30 metros que eu recupero quando a inclinação se inverte. Nesses instantes o Novais simpaticamente vira-se para trás, como que a chamar-me, o que me incentiva para recuperar mais rapidamente.

A passagem aos 5 km é feita com 22:00m, bem dentro dos objectivos delineados. Sentia-me bem, sem grande desgaste, mas também sem grandes folgas para muito mais. O ideal era mesmo manter para chegar ao fim sem grandes quebras.

No regresso, a cerca de 3 km começo a sentir que os cordões das sapatilhas estavam a soltar-se. Pensava se valeria a pena parar para os apertar, mas decidi andar mais um pouco para ver se se aguentavam. A verdade é que ainda a 2 km da meta fiquei com os dois cordões completamente desapertados. Optei por seguir assim até ao final, procurando ter o cuidado de não colocar os pés muito juntos nas passadas para ver se conseguia seguir sem problemas.

Apesar de algum desconforto nos pés (às vezes até acredito que seja mais psicológico), não tive problemas de maior e segui até à meta sentindo-me com força, o que comprova a boa gestão de prova. O ritmo manteve-se praticamente inalterado até final e acabei com um vigoroso sprint em 44:19 praticamente a fechar o primeiro terço dos mais de 1.300 atletas que concluiram a prova.

Foi uma prova bem positiva e uma manhã bem passada!

Tuesday 4 January 2011

A corrida e os telemóveis

Hoje, quando estava a treinar e via a pessoa da passadeira ao lado a fazer o seu treino enquanto falava ao telemóvel, dei comigo a pensar na minha relação com este objecto contemporâneo e a corrida.

Quem me conhece sabe que estou praticamente sempre contactável, seja durante o dia, seja durante a noite. Sou daqueles que nunca desligam o telefone ao longo das 24 horas do dia e que raramente se afasta dele.

Curiosamente, a única altura do meu quotidiano em que não estou contactável por telemóvel é... quando estou a correr. Tanto nos treinos no ginásio, como nos treinos de estrada, NUNCA levei o telefone comigo e, sinceramente, não me estou a ver fazê-lo no futuro. Nunca senti essa necessidade e, mais do que isso, parece-me que correr e falar ao telefone são actividades incompatíveis.

Se já havia tanta coisa especial à volta da corrida, esta é uma curiosidade que segue a mesma tendência!

Monday 3 January 2011

Bom Ano 2011

Desejo aos meus amigos um Bom Ano 2011!

Todos sabemos que as notícias que nos envolvem não são nada agradáveis. Cada um terá os seus motivos para desconfiar do que aí vem (uns mais do que outros, certamente). Apesar de tudo isso, há uma coisa da qual estou certo: havendo saúde e podendo correr, seremos mais felizes!
 
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