Wednesday 31 December 2008

Resultados da S. Silvestre de Coimbra

Os resultados da S. Silvestre de Coimbra estão disponíveis aqui.

S. Silvestre de Coimbra

Foi de forma inesperada que decidi participar na XXXII Corrida de S. Silvestre da Cidade de Coimbra. "Picado" pelo meu amigo Luis Mota, que no Domingo me surpreendeu com a vinda à S. Silvestre do Porto, acabei por não resistir ao desafio que ele me lançou de ir correr ontem à noite a Coimbra.

A cidade de Coimbra não me diz muito. Não estudei por lá e poucas vezes lá passei. De qualquer forma é uma cidade que tem uma personalidade muito própria, tendo sido um prazer correr pelas suas ruas. O tempo ajudava bastante, pois apresentava-se com uma excelente temperatura (na ordem dos 15 graus) e sem chuva.

Fui acompnhado pelo meu amigo Baltazar Sousa que, tal como eu, correu no escalão de Veteranos. A prova tinha um percurso de 5.200 metros, uma distância que não corria há imenso tempo, o que me agradava, pois seria uma bela experiência.

Depois das provas dos miudos, e por volta das 21.30h lá se deu início à nossa prova. Estavam presentes cerca de 170 atletas à partida, um pelotão substancialmente mais curto do que aquilo que estou habituado. Imediatamente após o tiro de partida a prova desenrolava-se num percurso que começava logo a empinar, com uma inclinação considerável e durante mais de 1500 metros. Sabendo o que passara 2 dias antes no Porto, já estão a imaginar como me sentia!

De qualquer forma, não sei se por saber que a prova era curta, aguentei bastante bem na subida, tendo feito o primeiro quilómetro em 4:36. O segundo, que incluia uma parte ainda a subir e já parte da descida foi feito nuns bons 3:56. A prova continuava a descer com elevada inclinação, o que me permitiu descansar um pouco do esforço da subida e recuperar algum terreno. O terceiro quilómetro haveria de ser cumprido em 3:48, o mais rápido que fiz em toda a prova.

A partir daqui a prova decorria num terreno que me parecia plano, mas que me vim a aperceber mais tarde (quando passei lá de carro), ter uma ligeira inclinação de subida. De qualquer forma, depois da subida inicial, uma inclinação tão ligeira como aquela até parecia a descer! Como consequência o quarto quilómetro acabaria por ser cumprido em 3:59. Sempre no mesmo ritmo e em terreno plano atacamos o último quilómetro, que acabei por fazer em idênticos 3:59. Mesmo no final acabei a prova com um curto sprint, tendo concluido o percurso em 20m40s (no meu relógio).

De acordo com a classificação geral que consultei no final da prova terminei exactamente a meio da tabela, em 83º lugar com o tempo oficial de 20m44s. Este resultado deixa-me satisfeito, pois a prova era bastante dura e a média de 4:03/Km (de acordo com o meu NSports a prova tinha 5.088 mt) aproxima-se bastante dos desejados 4:00/Km que ando a perseguir para as provas de 10 e 15 Km.

Para finalizar quero agradecer ao meu amigo Luis Mota e à sua família a simpatia e o apoio que me deram ontem. Foi muito bom ter estado com eles e ver o Luis, o Luis Carlos, a Susan e a Mariana a correr nas suas provas e ainda por cima com bons resultados!

Quanto à prova em si é justo deixar uma palavra de apreço pela organização e pela eficácia com que geriram o programa, que foi cumprido à risca e sem percalços de maior. Foi pena que não tivesemos sentido o apoio do público ao longo do percurso, mas isso não é culpa de quem organiza. Já agora, convém referir que esta foi uma prova com inscrição a preço ZERO para todos os escalões, o que começa a ser raro!

Monday 29 December 2008

A minha S. Silvestre do Porto

Receoso com as condições climatéricas, ontem, ao acordar, fui imediatamente à janela olhar para o céu, tentando, com isso, antever o que me esperaria ao final da tarde na 15ª Edição da S. Silvestre da cidade do Porto. Felizmente a previsão meteorológica parecia confirmar-se, pois o céu mostrava-se bastante mais aliviado do que no dia anterior.

O dia foi passado com a tranquilidade de quem sabe que o momento importante só chegaria mais tarde. Foi assim que, acompanhado da família, saí de Vila do Conde por volta das 17.00h, com o objectivo de chegar com cerca de uma hora de antecedência. Não gosto nada de chegar em cima da hora às provas, pois isso causa um stress desnecessário.

Logo à chegada foi tempo de reencontrar o Luis Mota, que me havia surpreendido com um telefonema no dia anterior, pouco tempo depois de concluir a S. Silvestre de Torres Novas, confirmando a sua vinda ao Porto. Cumprimentamo-nos e conversamos um pouco, fazendo mutuos votos de boa prova, como fazem os amigos.

De seguida era tempo de encontrar o meu colega de treinos, o João Ferreira, que já tinha consigo o meu dorsal e a minha camisola. Esta foi a primeira prova em que participei em representação do Ginásio Clube Vilacondense, o que faço com orgulho, pois trata-se de um clube do qual sou sócio há muitos anos (talvez uns 30) e no qual pratiquei desporto noutros tempos nas secções de Ginástica e Ténis.

Feito o aquecimento, posicionamo-nos para a largada. Foi aí que vi os meus amigos do Rompe Solas de Vila do Conde, que estiveram presentes em bom número e sempre com o habitual espírito solidário e amigo de quem participa nestas provas pelo gosto e prazer de correr. Um pouco à minha frente descobri o Fernando Andrade, que cumprimentei e com quem pude conversar alguns instantes enquanto aguardavamos o tiro de partida. Ao sobrevoar o meu olhar pelas centenas de participantes consegui encontrar ainda o João Meixedo (ou alguém que me parecia ser ele) a cerca de 5 metros de mim. Chamei-o e ele, ao fim de alguns instantes conseguiu identificar-me. Como estavamos distantes, não pudemos conversar, mas conseguimos esboçar alguns gestos que pretendiam transmitir mutuos desejos de boa sorte para a prova.

Era tempo de partir. O meu posicionamento para a partida não era muito mau, pelo que comecei logo em bom ritmo, ultrapassando alguns atletas nos primeiros metros, mas sem grandes dificuldades. Descemos o que faltava da Avenida dos Aliados e logo invertemos no final da praça, começando a subir. Junto à Câmara do Porto infletimos para a Rua Formosa, indo até à Sá da Bandeira, para começar novamente a subir. Foi neste desce e sobe que fiz o primeiro quilómetro em 4:14. O percurso continuava a subir, sempre com elevado grau de inclinação, o que fiz com grande esforço e sentindo, claramente, que não estava no meu "território". O segundo quilómetro foi concluido em 4:52, o que mostrava bem as minhas dificuldades. Felizmente o "calvário" iria acabar logo depois, com a chegada à Praça do Marquês. A partir daí o perfil da corrida muda radicalmente, com a entrada na Constituição, em que o percurso inicia uma suave descida. Fiz o terceiro quilómetro em 4:06, o que teve um misto de descanso e recuperação do esforço dispendido na subida e já o início da aceleração para os ritmos que eu pretendia. Depois disso iniciava-se a descida acentuada, com a chegada à Igreja da Lapa, passagem pela Praça da República, descida para a Rua de Camões e descida dos Aliados, passando novamente junto à meta.
Esta parte do percurso desce bastante, o que assusta alguns atletas que não gostam de descidas acentuadas, mas que, a mim, me agrada, pois permite-me recuperar bastantes posições. Nesta fase cumpri o 4º quilómetro em 3:47 e o quinto em 3:26, terminando a primeira metade da prova em promissores 20:25.

A partir daqui a corrida voltava a inverter o seu perfil, começando-se novamente a subir. Na segunda volta o ataque à subida faz-se logo pelo início de Sá da Bandeira, junto à Estação de S. Bento, o que torna tudo bem mais difícil. A inclinação é mais acentuada e a subida mais longa. Como consequência, a subida até à Praça do Marquês, que tem cerca de 2 Km, foi feita com os parciais de 5:05 e 5:26 aos 6º e 7º quilómetro. Nesta fase sentia-me claramente em dificuldades, tendo mesmo sentido indícios de uma "dor de burro" em certa fase da subida, o que poderia deitar tudo a perder. Felizmente a tormenta acabaria com o aproximar da Praça do Marquês. Já consciente de que o resultado final acabaria por ficar longe do sonho dos 40 minutos, havia ainda que garantir o record pessoal, pelo que não havia espaço para esmorecer pelas dificuldades. Como hão-de compreender não é muito agradável fazer a subida nestas condições, tanto mais que fui ultrapassado por largas dezenas de atletas (talvez uns 100) entre o início de Sá da Bandeira e o Marquês.

Tentando recuperar do esforço da longa subida, fui descendo a Constituição em bom ritmo, começando a ultrapassar alguns atletas. O 8º quilómetro foi cumprido em 4:01, o que mostrava que, apesar do esforço da subida, ainda tinha força para o que faltava da prova. Aproveitando a parte final, com descidas mais inclinadas, consegui acelerar nos 9º e 10º quilómetro, que foram cumpridos em 3:40 e 3:34 respectivamente, para terminar com um tempo total de 42:18, registados no meu relógio. À chegada deu-se um pormenor curioso, pois fiz um sprint e parei logo que ultrapassei o primeiro portico, sem reparar que a meta estava apenas uns metros mais à frente, num segundo portico da SportZone. Felizmente o público era muito e estava mais atento do que eu, avisando-me de que teria ainda uns metros a percorrer para terminar a prova!

O resultado final divulgado pela organização atribui-me um tempo de 42:28. De acordo com os objectivos que tinha fixado julgo que me posso dar por satisfeito. Consegui baixar cerca de 4:30 o meu melhor tempo nesta prova, melhorando ainda cerca de 330 lugares na classificação geral face a 2007. Por outro lado consegui melhorar o meu record pessoal aos 10 Km em 35 segundos. Se olharmos para o perfil da prova em que fiz o anterior record (totalmente plana) e esta, chegamos à rápida conclusão de que houve uma franca melhoria. Para já os 40 minutos ainda ficaram algo distantes. No entanto acredito que em 2009 e numa prova com um perfil mais suave serão alcançados.

Finalmente quero deixar uma referência à excelente qualidade da organização e ao extraordinário apoio que o público presente nas ruas da cidade do Porto deu aos atletas. É fantástica a sensação que temos ao correr na Avenida dos Aliados num funil de pessoas pessoas em ambos os lados da rua a apaudir e incentivar os atletas.

Sunday 28 December 2008

Resultados da 15ª S. Silvestre do Porto

Os resultados da 15ª Edição da S. Silvestre do Porto foram publicados on-line em tempo record e estão disponíveis para quem os quiser consultar AQUI.

Fiz o tempo oficial (provisório) de 42:28, tendo sido o 249º classificado entre os 1.680 participantes que terminaram a prova.

Amanhã, com mais calma, explico a minha prova.

Saturday 27 December 2008

Competição

Dois meses e dois dias depois irei regressar amanhã à competição, participando na 15ª Corrida de S. Silvestre da Cidade do Porto. Será a primeira vez que irei correr pela equipa do Ginásio Clube Vilacondense, integrando um conjunto liderado por Baltazar Sousa e que deverá apresentar, comigo incluído, seis atletas à partida.

Durante este tempo treinei bastante (e creio que bem!), com a excepção de um um período de cerca de dez dias em que estive impedido de correr por razões de saúde. Neste momento sinto-me razoavelmente bem e acredito que serei capaz de fazer uma boa prova.

Assim, para além de disfrutar da prova, o que é sempre garantido na S. Silvestre do Porto pelos motivos que já apresentei aqui, os meus objectivos são, por esta ordem:
1.- Melhorar o tempo conseguido no ano passado;
2.- Bater o meu record pessoal dos 10 Km;
3.- Ficar o mais próximo possível dos 40 minutos.

O primeiro objectivo é praticamente garantido que será alcançado, bastando que nada de anormal aconteça e que me impeça de fazer uma prova sem precalços. O segundo, acredito que também é alcançável, embora o tipo de percurso, com subidas importantes, não favoreça tempos de grande valia. Já o terceiro objectivo fica no âmbito do "sonho", que existe para isso mesmo: para que tenhamos sempre algo por que lutar!

Amanhã conto-vos como correu!

Tuesday 23 December 2008

Feliz Natal

Estando na ante-vespera do Natal, quero desejar a todos os meus amigos e aos leitores deste modesto blog um Feliz Natal!

Tantas e tantas vezes perguntei a mim mesmo o que é um "Feliz Natal"? Com o tempo aprendi que não há definição acertada para esta expressão. Para uns conta muito o lado material, o dos presentes ou da mesa farta. Para outros o fundamental é o lado espiritual e religioso. Para alguns o importante são aspectos muitos concretos, como a saúde ou as condições de vida. De um modo geral todos valorizam a vivência deste tempo com as suas famílias o que, talvez, condense um pouco de tudo o que anteriormente referi.

Por isso, quero apenas que saibam que, da minha parte, aquilo que pretendo ao formular este desejo é que cada um tenha um "Feliz Natal" à sua maneira.


Nota - A imagem que ilustra este post foi obtida via o "Carioca da Vila", um extraordinário blog que divulga um pouco da história da minha terra. Trata-se de um painel de azulejos com a imagem do presépio e que embeleza a Capela de Nª. Sra. do Socorro, uma belíssima capela erguida no Sec. XVII e que é local de devoção das gentes do mar.

Monday 22 December 2008

Prémio Run Blogosfera 2008

Numa iniciativa dos excelentes bloggers brasileiros Jorge Cerqueira e Bruno Thomaz, está neste momento a decorrer a votação do Prémio Run Blogosfera. De acordo com as regras definidas, trata-se de um prémio ao qual concorrem todos os blogues de corrida que tenham sido criados até ao início de Novembro do corrente ano. A votação já foi aberta e vai decorrer até ao dia 20 de Janeiro de 2009, data na qual serão conhecidos os 10 vencedores.

O galardão tem um cariz simbólico, permitindo aos vencedores ostentar nos seus blogs um Selo que atesta perante todos os leitores a qualidade do blog e a sua popularidade entre esta fantástica comunidade de gente que ama a corrida!

O Maratonista está, com imenso prazer e orgulho, incluído no rol de quase 100 blogs que estão a ser votados pelos leitores.

Caso tenha curiosidade e seja leitor deste blog, poderá participar na votação AQUI.

Um passeio

O treino de ontem foi completamente diferente de todos os que costumava fazer ao Domingo. Geralmente, costumo correr numa espécie de circuito entre o Castelo em Vila do Conde e o limite com a Póvoa de Varzim, sempre no passeio marginal, com o oceano ao meu lado. É um percurso que gosto bastante, sempre plano e que tem a ventagem de ter a distância marcada no piso.

Ontem, já munido de um "potente" instrumento de apoio ao treino, o relógio NSports, da portuguesa NDrive, decidi avançar para a estrada, fazendo um treino longo pelo interior do concelho de Vila do Conde. Como gosto sempre de saber quanto é que corro (a distância), o relógio com o GPS torna-se numa ferramenta fantástica.

O treino acabou por ser uma excelente experiência. Acompanhado pelo João Ferreira, saímos do Castelo de Vila do Conde cerca de 08.00h, dirigindo-mos para o interior do concelho, fazendo a entrada nas freguesias pela dura subido do Monte Santana, em Azurara. Quem conhece sabe que é uma subida duríssima, com cerca de 150 metros com uma inclinação tremenda. Depois fomos para Retorta, Tougues, Macieira até à Ponte d'Ave. Aí chegados, praticamente ao nível do mar, entramos em Bagunte, tendo começado a subir novamente até ao centro da Freguesia, no Largo de Santana, onde se registava uma altitude de 130m. Foi uma parte dura, pois teremos subido até esse nível num espaço de cerca de 1.500 mt.

Daí em diante foi praticamente sempre a descer até final do treino, com passagens pelas freguesias de Junqueira, Touguinhó e Touguinha, até terminar novamente no local de partida, com 24,83 Km feitos em 1h56m50s.

O treino acabou por ser bastante duro, pois incluiu muitas subidas de elevada dificuldade, o que é bom, pois permite-nos afinar a forma para a prova do próximo Domingo, a S. Silvestre do Porto.

Prémio Dardos

Com o Prémio Dardos reconhecem-se os valores que cada blogger emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc., os quais, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras, entre as suas palavras.

Os selos que o identificam foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os bloggers, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.

As regras para receber o prémio são:

1) Exibir a imagem do selo;
2) Linkar o blog pelo qual se recebeu a indicação;
3 Escolher 15 outros blogs a quem entregar o Prémio Dardos;
4) Avisar a todos, claro!

É com grande satisfação que o Maratonista recebeu o Prémio Dardos (será que o nome foi inspirado nas famosas setas do Cupido!) dos seguintes amigos, a quem desde já deixo o meu sincero agradecimento:

EntrocamentoRunners
Leões de Kantaoui
42,195

Para além de ter incluido o selo do Prémio ao lado, aqui fica a lista dos 15 Blogs que desejo nomear:

Maria Sem Frio Nem Casa
Palavras de Corredor
Correndo na Chuva
A Minha corrida
Cidadão de Corrida
Pernas para que Vos Quero
Jorge Maratonista
Entroncamento Runners
41,195
Leões de Kataoui
Para que Não Para
Running Girl
Tomar a Corrida
Maratona
O Blog do Aris

Wednesday 17 December 2008

S. Silvestre do Porto


O ano está a chegar ao fim, e com isso aproximam-se as tradicionais provas de S. Silvestre.
Este ano tenho previsto participar na S. Silvestre do Porto, prova que tem lugar no final da tarde do dia 28 de Dezembro e que é organizada pela RunPorto, o que dá garantias de qualidade. Para além disso, a prova tem vindo a conquistar a cidade, sendo aquela que mais público junta nos passeios a apoiar os atletas. Esta situação acontece ao longo de todo o percurso, mas o aglomerado de pessoas nos Aliados, nas imediações da meta, ou no cruzamento da Constituição com Antero de Quental são, para mim, excepcionais.
Esta será a minha terceira participação, depois das presenças nas edições de 2004 e 2007. O percurso é bastante difícil, pois inclui duas voltas a um circuito com subidas muito acentuadas e longas. Estas são compensadas pela parte final das voltas, em que também se desce bastante.
O meu melhor tempo nesta corrida foi conseguido no último ano, em que terminei no 577º lugar da geral (em 1.459 atletas), com o tempo oficial de 46m55s. Este ano, muito melhor preparado, conto dar um corte substâncial nesta marca.

Veremos como correm as coisas!

Tuesday 16 December 2008

1º Meeting blogger - A reportagem

A minha expectativa quanto a este encontro de amigos era grande. A amizade que vamos ganhando com os responsáveis pelos blogues de atletismo que acompanhamos e que comentamos aliada à dificuldade em conviver nas provas em que nos vamos encontrando, pois o tempo é sempre pouco, fazia com que alimentasse a esperança de, finalmente, poder conversar e conviver calmamente com estes amigos.

Sendo o participante que se deslocou de mais longe, acabei por ir de vespera, ficando hospedado em Torres Novas (cerca de 25 Km), por indisponibilidade de hoteis em Tomar. Segundo soube, havia um campeonato de natação, o que esgotou totalmente as camas existentes nas várias unidades hoteleiras de Tomar. Bem, de Tomar e mesmo de Torres Novas, pois no hotel onde fiquei hospedado estava acompanhado por várias equipas de natação...

O domingo, dia do encontro, amanheceu carregado. As núvens pairavam no céu, ameaçando descarregar a qualquer momento. Durante a curta viagem de Torres Novas até Tomar as coisas correram bem, mas quando cheguei ao destino (com uns bons 15 minutos de atraso...), a chuva já dava o mote do que seria o dia.

O primeiro encontro foi à entrada da Mata dos Sete Caminhos, um espaço maravilhoso, ao qual voltariamos alguns momentos depois, já no decorrer do treino matinal. Era momento de nos cumprimentarmos. Alguns já conhecia pessoalmente, como eram os casos da família Mota e do António Almeida, com quem me havia cruzado na Maratona do Porto. Como todos os outros travei conhecimento naquele instante. Surpreendido com a qualidade da logistica preparada pelos Mota acabei por beber um chá quente, que soube muito bem! Ainda havia bolachas e bolo-rei, mas como o treino aconteceria logo a seguir entendi não ir além dos líquidos!

Junta toda a comitiva, era hora de treinar. Quase sempre acompanhados pela chuva fizemos um treino que envolveu diversos tipos de andamento e diversos tipo de terreno. Andamos devagar (na primeira hora), e andamos mais rápido (ultimos 25 minutos). Andamos em alcatrão e andamos em trilhos de terra. Andamos na cidade e andamos na floresta. Enfim, um excelente treino que nos deu imenso prazer.

De entre todos os companheiros que correram é justo deixar uma palavra especial para o belo desempenho da Mariana Mota, uma jovem de tenra idade, mas que aguentou com valentia a primeira hora de corrida, sempre em bom ritmo. No entanto, mais do que a qualidade atlética da Mariana, o que mais me sensibilizou foi a alegria e o prazer que irradiavam dos seus olhos, mostrando o quanto ela estava a gostar de treinar connosco!

Depois do treino, e já em cima da hora do almoço, era tempo de passar à componente gastronómica do convívio, algo que nunca pode faltar numa festa lusa. O simpático restaurante que nos acolheu não permitiu a distribuição ideal das pessoas, pois acabamos por ficar algo distantes. Apesar disso, tivemos oportunidade de falar sobre as maratonas passadas e as futuras, as lesões passadas e as que não queremos que venham, dos records pessoais que já fizemos e dos que ainda sonhamos fazer, enfim, tudo aquilo que os corredores sempre falam!

No final tivemos mais uma surpresa. O Luis Mota entregou um presente a cada um dos bloggers presntes. Era uma placa em mármore (imagem no post anterior), na qual estava esculpida uma bela imagem alusiva ao evento, uma obra de atesanato feita especialmente por um atleta Tomarense, o Luis Rodrigo, a quem é devida uma sincera palavra de agradecimento.

Depois do almoço, e como o tempo se apresentava instável para grandes passeatas ao ar livre, fomos para casa do casal Mota, onde nos aguardava um farto lanche. Foi assim que passamos a tarde, que voou a uma velocidade tal que nem demos por ela (até parecia o Mota a fazer a Meia Maratona!). Geralmente é o que acontece quando estamos com os amigos.

Penso que todos levaram deste encontro a vontade em repetir. Por mim, repetia mais vezes um treino com tão estimulante companhia. Repetia mais vezes o convívio com amigos que partilham o mesmo prazer pelo atletismo. Repetia mais vezes a vivência de tudo isto em companhia das nossas famílias.

Por tudo isto, ao
Luis Mota e família,
António Almeida e família,
J. Brito e família,
Joaquim Adelino,
Susana Adelino e Daniel,
Ricardo
Marco Paiva

quero deixar um forte e sentido abraço!

A todos os que não puderam estar presentes deixo esta reportagem para que se animem a juntar-se a nós da próxima vez. Sim, porque vai mesmo haver próxima vez!

Monday 15 December 2008

1º Meeting Blogger


Decorreu ontem, em Tomar, o 1º Meeting Blogger, uma iniciativa que juntou alguns amigos que, entre outras coisas, correm e tem blogues de atletismo.
Eu estive presente e gostei muito do dia que passamos em conjunto. Amanhã, com mais tempo, irei dar a minha versão dos acontecimentos!

Thursday 11 December 2008

8 meses de blog

Passam hoje 8 meses desde o dia em que abri este blog. 8 meses não é muito tempo. São dois terços de um ano. No entanto é tempo suficiente para que possa fazer um pequeno balanço, o que vem mesmo a calhar, já que estamos na altura do ano em que toda a gente faz balanços!

Quando o blog nasceu a minha ideia é fazer dele um veículo de partilha da minha experiência de preparação da minha primeira maratona. A par disso iria ser a oportunidade de falar um pouco sobre atletismo, o meu desporto de eleição.

Com este tempo passado considero que a decisão de fazer o blog foi excelente.

No que diz respeito à participação na maratona, o blog foi um fantástico meio para ganhar motivação extra para os treinos, pois a partilha das minhas experiências com outras pessoas foi extremamente estimulante. Aliás, basta ver que o número de posts por mês cresceu bastante a partir do momento em que a preparação espeícifica para a maratona começou mais "a sério", o que é um bom indicador disso mesmo.

Por outro lado, o blog constituiu-se num extraordinário meio de aumento da motivação, pois os incentivos que fui recebendo, de pessoas que não conhecia, mas com quem me familiarizei, foram muito importantes. As mensagens deixadas na caixa de comentários, sempre com cariz optimista e encorajador, foram muito reconfortantes e deram-me ainda mais força para levar o meu sonho até ao fim e para o concretizar com sucesso.

No meio disto há algo que faz deste blog algo ainda mais importante. Falo da criação de uma rede de novos amigos. Através deste postigo foi possível encontrar pessoas que partilham do mesmo prazer pela prática da corrida e que obtém uma parte da sua realização pessoal através dela. Correndo o risco de esquecer alguém, gostava de referi aqueles companheiros que admiro e que já listaram o Maratonista na sua lista de preferências, o que muito me sensibiliza:
- O Maria Sem Frio Nem Casa, da Ana Pereira
- O Tomaracorrida, do Luis Mota
- O Palavras de Corredor, do António Almeida
- O A Minha Corrida, do Carlos Lopes
- O Para que Não Para, do Joaquim Adelino
- O Pernas para que te Quero, do José Capela
- O Leões de Kataoui, do João Meixedo
- O Corro por Prazer, do Marco António
- O 42,195 Km, do Mark Velhote
- O Atletismo, do Nuno Romão
- O Maratona, do Ricardo
- O Manutenção de Alta Competição, do Ricardo Francisco
- O Running Girl, da Sandra Partridge
- O Stephanie Perrone, da Stephanie Perrone
- O Eu Corro Porque..., da Yara Achoa

A estes quero juntar aqueles que, mesmo não me tendo listado, constam da minha própria lista de preferências (grande parte são os mesmos!!!), pois visito regularmente os seus blogues e muito aprendo com eles. A todos quero agradecer o apoio e incentivo que me dão.

Este meu blog é, também, vosso!

Back in business


Depois de uma paragem forçada de 8 dias sem correr, hoje voltei aos treinos. Foram 35 minutos de corrida, nos quais consegui percorrer 7,4 Km, o que dá uma média de 4:44/Km.
Senti-me bem, o que me faz acreditar que este precalço está prestes a ser completamente ultrapassado.

Wednesday 10 December 2008

Eu vou!

No próximo Domingo vai realizar-se em Tomar o 1º Encontro de Blogues de Atletismo. A iniciativa partiu do Tomaracorrida, do amigo Luis Mota. O programa é aliciante, incluindo uma parte de corrida, um almoço/convívio e um passeio pelas maravilhas da bela cidade de Tomar.

É com grande entusiasmo que lá estarei, estando certo de que será uma bela jornada de convívio e de troca de experiências com alguns dos amigos que fui ganhando desde que abri esta "janela" para o mundo.


NOTA - Não sei se é do nosso encontro, mas arranjar hotel em Tomar é coisa difícil. Depois de telefonar para todas as unidades hoteleiras listadas no site da Câmara de Tomar resignei-me e já marquei em Torres Novas!

Tuesday 9 December 2008

Resultados da 51ª Volta a Paranhos

Um dos segredos mais bem guardados do ano acaba de ser desvendado. O amigo Vitor Dias conseguiu a chave do tesouro e publicou, no seu site, o seguinte:

- Classificação Geral da 51ª Volta a Paranhos

- Classificação por Escalões da 51ª Volta a Paranhos

Ao Vitor o meu sincero obrigado por esta demonstração de um verdadeiro serviço público!

Monday 8 December 2008

51ª Volta a Paranhos - A reportagem

Tal como previsto, estive hoje na freguesia de Paranhos, na cidade do Porto, para assistir à 51ª Edição da Volta a Paranhos, uma prova da responsabilidade da secção de Atletismo do Sport Comércio e Salgueiros.
Frustrado por não ter conseguido correr, aproveitei para "saborear" a prova de outra perspectiva. Afinal, são poucas as oportunidades para tal...
Cheguei ao local da partida relativamente cedo na companhia dos dois atletas que representaram o Ginásio Clube Vilacondense na prova: Baltazar Sousa e João Ferreira. Iam com objectivos completamente diferentes. Um para lutar pelos primeiros lugares e o outro para bater o seu record pessoal aos 10 Km (estava em cerca de 42m30s).
A partida está localizada junto à Estação de Metro de "Salgueiros" e onde se localizava o antigo Estádio Vidal Pinheiro, palco de tantas glórias do simpático Salgueiral.
Naquele momento os atletas estavam a tomar contacto com o local e a preparar dorsais. É fantástico como é que há pessoas que vão para as provas sem preparar alguns aspectos muito importantes com a devida antecedência, o que dá para ouvir coisas do género: "Amigo, não tens aí um dorsal a mais?". São coisas que não dão para mim, mas por um lado até acabo por admirar o facto de haver quem leve estas coisas com tal descontração...

Encontrei algumas pessoas conhecidas, como os meus amigos conterrâneos do Rompe Solas, que se apresentaram em bom número. Durante o aquecimento ficamos sempre com a atenção orientada para as principais figuras da prova. "Olha a Fernanda Ribeiro", dizia quem passava. Realmente, é um enorme prestígio contar com a presença de uma Campeã Olímpica numa prova de cariz popular como é esta!
Reparei no cuidado da preparação da Marisa Barros, a nossa melhor maratonista da actualidade, que, escassos minutos antes da partida, conferenciava com o seu treinador aquilo que, adivinho, fosse a estratégia a seguir. Atendendo ao resultado final, a coisa parece ter funcionado!

Às 10.45h foi dada a partida. As várias centenas de atletas partiram, finalmente, para o 51º abraço a Paranhos. Como é normal, os Quenianos avançaram logo para a frente, com o Baltazar Sousa a partir muito bem. Quando os atletas voltaram a passar junto à meta, já com cerca de 2 Km feitos, havia um grupo que integrava os 3 que acabariam por arrebatar o podium da prova. Um queniano, o Ricardo Ribas do Maratona e um Russo.

Quem estava no local da meta, nada mais lhe restava senão esperar. O speaker lá ia dando informações ao microfone, avançado, quilómetro a quilómetro, o posicionamento dos primeiros. O queniano parece que comandou a prova desde o início até ao final...

Finalmente, 29 minutos depois da partida, os primeiros lá começaram a chegar. Como não sei em que site está publicada a classificação não posso adiantar muito. Sei que o Baltazar Sousa terminou em 14º lugar, com 32m04s, o que é bom para um maratonista.
O João Ferreira bateu o seu record pessoal, terminando com cerca de 40m50s, um belo tempo que o deixou bastante satisfeito.

Para finalizar quero deixar algumas notas sobre esta prova:

- Alguns atletas queixaram-se da falta de abastecimento ao longo do percurso. Bem sabemos que eram apenas 10 Km, mas não teria ficado mal se tivesse havido a possibilidade de oferecer água aos atletas durante a prova. Esta queixa aplica-se também à escassa disponibilidade de água no final.

- A presença de público a apoiar os atletas é, infelizmente, muito escassa. Não sei como estavam as coisas ao longo do percurso, mas junto à meta não estavam sequer 100 pessoas à espera dos atletas, incluindo-se nestes todos os elementos de staff das várias equipas presentes. É pena que o público não apoie o atletismo de rua como o faz com o ciclismo, por exemplo.

- É de enaltecer a presença de pessoas como Carlos Lopes e Rosa Mota junto do pelotão neste tipo de provas populares. Pessoas com o seu curriculum e que todos os portugueses conhecem e admiram são importantes para promover o atletismo e para entusiasmar os atletas.

- A prova contou com mais de 1.000 atletas inscritos (e a fazer os 10 Km), o que é um número interessante face às dificuldades da organização na promoção da mesma. Isso só acontece porque a Volta a Paranhos tem tradição, mostrando assim que, se for organizada com mais algum cuidado, tem potencial para ser ainda mais representativa.

Sunday 7 December 2008

Paranhos out

Amanhã não irei alinha à partida da 51ª edição da Volta a Paranhos. Problemas de saúde impedem-me de participar na prova, o que lamento muito, pois seria a minha estreia com a camisola do Ginásio Clube Vilacondense.
O problema não é grave, nem resulta de qualquer lesão devida às corridas, pelo que conto regressar nas melhores condições na S. Silvestre do Porto!

Apesar disso, estarei presente em Paranhos a acompanhar os meus colegas de equipa.

Friday 5 December 2008

Maratona de Lisboa

No próximo Domingo corre-se na capital a 23ª. edição da Maratona de Lisboa. Maratonista recentemente batizado, este ano não irei participar, pois considero ter cumprido os objectivos do ano ao ter conseguido completar a minha primeira maratona no passado dia 26 de Outubro, no Porto.

Assim, apesar de fisicamente distante, não quero deixar de expressar aos meus amigos bloguistas que sei que irão correr esta prova os meus votos de que consigam alcançar os seus objectivos. Ao Luis Mota, ao António Almeida, ao Fernando Andrade, ao Ricardo, ao Joaquim Adelino (na Meia Maratona que acontece paralelamente) e a outros que possa ter esquecido de referir, deixo um forte abraço e votos de felicidades para a prova!

Tuesday 2 December 2008

Ginásio Clube Vilacondense



No passado Domingo a novel secção de atletismo do Ginásio Clube Vilacondense esteve em competição, alinhando com 8 atletas no Grande Prémio de Atletismo da União Desportiva e Cultura de Argivai, na vizinha Póvoa de Varzim.
Para pena minha, não pude estar presente. De qualquer forma fica aqui o registo da presença da equipa, do seu 7º lugar colectivo e dos brilharetes individuais de Baltazar Sousa e Bruno Sousa (pai e filho) que conseguiram vencer de forma categórica as suas provas.
Na próxima Segunda-feira, 8 de Dezembro, o Ginásio Clube Vilacondense estará presente na 51ª Edição da Volta a Paranhos. Se tudo correr normalmente, já contará na sua formação com mais um atleta: este que vos escreve!

Monday 1 December 2008

Novembro

Depois da Maratona do Porto, o mês de Novembro anunciava-se mais calmo em termos de treinos. Com efeito, era suposto que houvese uma pequena pausa na autêntica revolução nos meus hábitos de corrida que fiz para me preparar para a maratona.
Pois é, se alguém esperava que isso acontecesse enganou-se redondamente.

O mês foi assim:

- Nº. de treinos: 25
- Nº. de provas: 0
- Nº. de dias de descanso: 5
- Nº. de Km percorridos: 310
- Nº. de treinos de séries: 7
- Nº. de treinos com rampas: 4
- Nº. de treinos longos: 3 (entre 18 e 21 Km)
- Tempo de corrida: 24h 37m 01s
- Tempo médio por Km: 4m 46s
- Treino mais longo: 21 Km
- Treino mais curto: 7 Km

Em termos físicos tenho-me sentido relativamente bem, com a excepção para uma ligeira dor muscular que, segundo me dizem, poderá indiciar uma pubalgia. Estou a tentar superar esse problema realizando alguns estiramentos, que espero resultem. De qualquer forma o problema para já é muito ligeiro, não me prejudicando a corrida.

Tuesday 25 November 2008

Treino sozinho/acompanhado

Por circunstâncias que derivam da minha reduzida disponibilidade de tempo para treinar, acabo por fazê-lo, quase sempre, a solo. Há pessoas que se queixam bastante da menor motivação neste tipo de circunstâncias, mas, da minha parte, não o faço. Já me habituei à situação e acabo por manter uma rotina que não vacila perante a falta de companhia.
A única excepção a esta regra são os os treinos de Domingo (os mais longos), que efectuo, praticamente sempre, na companhia do meu amigo João Ferreira. Tendo nós ritmos bastante semelhantes e o interesse em correr à mesma hora (sempre às 08.00h), o treino acaba por ser bastante agradável, pois sempre vamos conversando, o que ajuda a que o tempo passe quase sem darmos por isso.

No Domingo passado tivemos a sorte de ter um treino ainda melhor. É que nos juntamos ao categorizado maratonista Baltazar Sousa (3º português na recente Maratona do Porto, com 2h27m!), tendo feito um treino fantástico. Partindo do parque de estacionamento do hipermercado Feira Nova na Póvoa de Varzim, fomos atè à EN 206, passando Touguinha, Touguinhó, Rio Mau, onde infletimos para Rates, subindo uma dura montanha até passar pelas instalações do Campo de Tiro, seguindo depois até Terroso, onde entramos na antiga estrada Póvoa/Barcelos, após o que apanhamos o novo arruamento que liga a Póvoa de Varzim a Vila do Conde, a Avenida 25 de Abril, tendo chegado novamente ao local de partida com cerca de 20 Km percorridos!
Foi um treino que combinou terreno plano com montanha de alguma dureza, que incluiu estrada sem grandes condições para correr (EN sem bermas...) e vias secundárias de escasso movimento e rodeadas de floresta e, finalmente, durante o qual imprimimos um ritmo razoável (acabamos com 1h31m).
Para além de tudo, foi um belo encontro de amigos que gostam de corrida, ingrediente que, se mais não fosse, já era suficiente para tornar aquele num domingo especial!

Monday 24 November 2008

Volta a Paranhos

Será alguém sabe porque razão a Volta a Paranhos, uma das mais antigas provas de atletismo que se organizam em Portugal, tem uma organização praticamente fantasma?

Se procurarmos um site da prova, não conseguimos chegar a nenhuma conclusão.

Se fizermos a nossa procura na página do Sport Comércio e Salgueiros, clube que detém a "marca" desta prova, ficamos na total ignorância.

Se formos ao site da Associação de Atletismo do Porto, pouco mais sabemos do que a existência da prova.

O Markdescobriu que a inscrição pode ser efectuada para o endereço do Spiridon Clube de Gaia (Rua da Corredoura 128 Cave, 4430-801 Avintes).

Ou eu estou bastante desatento e a pouco visibilidade da prova resulta da minha miopia, ou então há alguém que está a trabalhar mal na promoção de uma corrida que tem tudo para ser uma referência no calendário de estrada da nossa região.

Friday 21 November 2008

Treinos da semana

Os treinos continuam bons e recomendam-se. Depois de 9 dias consecutivos sem descanso na passada segunda-feira foi dia de parar. Bom, não foi uma paragem completa, pois aproveitei para fazer algo que já há muito tempo pensava, mas que tinha ficado sempre adiado: um exame de electrocardiograma com prova de esforço.
Fiz o exame tendo estado pouco mais de 16 minutos em cima do tapete. Não foi bem um treino, mas acabou por ser um teste interessante que exigiu algum esforço, especialmente na última fase em que a máquina já estava com uma inclinação superior a 20%! O resultado foi "assintomático", tendo sido identificada uma "boa capacidade funcional" e uma resposta "normal ao esforço".

Os restantes dias foram passados assim:
- Terça-feira - 65 minutos a rolar (média de 4:45/Km);
- Quarta-feira - 20 minutos de aquecimento, seguidos de 4 repetições de 1.000 metros a um ritmo de cerca de 3:30/Km com 3 minutos e 30 de intervalo de recuperação. O treino completou-se com 5 minutos a rolar descontraidamente;
- Quinta-feira - 55 minutos a rolar a um ritmo de 4:50/Km, que incluiram 4 "esticões" (repetições de 30 segundos a 3:00/Km, com 30 segundos de recuperação) nos últimos 5 minutos;
- Sexta-feira - 50 minutos a rolar calmamente, mas em ritmo ligeiramente progressivo (comecei a 5:00/Km e acabei a 4:30/Km).

Amanhã repetirei o treino de pista da passada semana e no Domingo farei um treino longo de 23 a 25 Km (em princípio um pouco mais lentamente do que na passada semana!).

Thursday 20 November 2008

Os blogues de corredores

O artigo que a excelente bloguista brasileira Yara Achôa fez publicar na revista "Contra Relógio" motivou naturais reacções de satisfação e incontido orgulho por parte de vários companheiros da blogosfera atlética, nomeadamente aqueles que foram citados. É normal que assim seja e eu próprio também fico satisfeito por estar incluído na lista de blogs que a Yara escolheu para ilustrar um movimento que está a crescer fortemente no Brasil e em Portugal.

Como já escrevi em posts anteriores, a criação deste blog foi um excelente meio de aumentar a minha motivação para treinar com o objectivo de correr a Maratona do Porto (a minha primeira maratona). Não sei se pelo facto de treinar praticamente sempre sozinho ou se por outra qualquer razão, a verdade é que a vontade de partilha da minha experiência foi aumentando à medida que a preparação avançava e que ia recebendo feed-back de outras pessoas que iam lendo o que eu escrevia e iam dando as suas opiniões, dicas e incentivos.
Por outro lado, a prática desportiva não é, infelizmente, algo que se encontre devidamente enraizado na população, pelo que não é muito fácil encontrar outras pessoas que partilhem o nosso gosto pela corrida. Também isso ajuda a que estes espaços de partilha ganhem relevância e tendam à criação de um espírito de "comunidade" entre os seus membros.

No fundo, um blog, algo que se caracteriza como sendo um espaço em que cada indivíduo expõe uma parte de si ao mundo, combina muito bem com um desporto como o atletismo. Como desporto individual, o atletismo acaba por tornar-se numa prática em que estamos em permanente desafio connosco próprios, seja porque estamos a procurar melhorar as nossas performances ou simplesmente porque estamos a viver o prazer que a corrida traz ao nosso corpo e à nossa mente. Por isso mesmo, ao expor essa experiência de vida num blog estamos a dar ainda mais relevância à sua prática, contribuindo assim para exponenciar a nossa motivação e gosto pela corrida!

Monday 17 November 2008

Treinos de fim de semana

Este fim de semana foi esplêndido. Não falo só do maravilhoso clima de Outono que nos irradiou um sol maravilhoso, mas também dos belos treinos que consegui fazer.

No Sábado, como estava previsto, fui até à pista de atletismo do Estádio Municipal da Póvoa de Varzim. Pouco conhecido da maioria das pessoas, este equipamento desportivo de excelência está integrado no Parque da Cidade. A qualidade do Estádio é excelente, com um relvado que aparenta estar muito bem cuidado e uma pista de atletismo com as condições adequadas para a prática de todas especialidades (corrida, saltos e lançamentos). Os utilizadores da pista pagam € 1,00 tendo ao seu dispor um cacifo para guardar os seus pertences durante o treino e a possibilidade de tomar banho de água quente, não havendo limite de tempo de utilização da pista (pelo menos não me falaram disso).
O meu baptismo em pista consistiu num treino que incluiu um aquecimento inicial de 26 minutos (13 voltas), seguido de alongamentos e de 10 repetições de 400 metros (uma volta à pista) com intervalos de 200 metros de recuperação. Os meus registos nas 10 repetições variaram entre 1m19s (logo na primeira) e 1m24s (a última foi em 1m22s). O treino fechou com mais 3 voltas a ritmo lento.
Apesar de ter estado completamente sozinho em pista (às 09.00h de Sábado ninguém lá estava), foi um treino que me correu bastante bem e do qual gostei muito.

No Domingo era dia de treino longo. Acompanhado pelo meu colega João Ferreira, lá estavamos às 08.00h junto ao Castelo em Vila do Conde com o objectivo de fazer 21 km. Tal como habitualmente, o percurso consistia em fazer 3 voltas completas na Marginal de Vila do Conde, tendo como ponto de regresso o limite do concelho com a Póvoa de Varzim.
Aquela hora da manhã estava um pouco fresco e fizemos o primeiro quilómetro em 5:15. A partir daí o treino começou a ganhar um ritmo cada vez mais forte, o qual fomos agentando sem especial desgaste, de tal forma que parecia que à medida que os quilómetros iam passando, a nossa vontade de correr aumentava. Ao terminar a segunda volta (14 Km) em 1h03m40s percebi que aquele treino estava a superar todas as minhas expectativas. Por isso mesmo, e numa espécie de "já agora", pensamos:
- "Já que andamos tão rápidos até aqui, porque não continuar assim até ao final"?
Se bem o pensamos, melhor o fizemos. O ritmo não abrandou na última volta (bem pelo contrário), o que nos fez terminar o treino de 21 Km com o tempo de 1h33m32s.
Como é óbvio, tempos feitos em treinos não contam para a lista de records pessoais. No entanto, se isto quer dizer alguma coisa, é que poderei estar perto de conseguir melhorar substâncialmente o meu melhor tempo à Meia Maratona, que neste momento está em 1h36m19s!

Perante um treino tão bem conseguido e num dia em que o sol irradiava belos raios que aqueciam a manhã, nada melhor do que celebrar com um mergulho na Praia da Senhora da Guia. As frias águas tornaram-se, mais uma vez, o regenerador mais adequado para os musculos da pernas que pouco depois já pareciam estar prontos para outra aventura!

Friday 14 November 2008

Treino em pista

Depois da Maratona do Porto a minha preparação passou a desenvolver-se em função de novos objectivos. Enquanto que não há outras maratonas no horizonte, estou a preparar-me especialmente para duas provas:
- A S. Silvestre do Porto, prova de que gosto muito e na qual participarei pela terceira vez;
- O Campeonato Nacional de Estrada, que, em 2009, será disputado em Mirandela e em que participarei pela segunda vez consecutiva, depois da edição do corrente ano que foi disputada em Viana do Castelo.
Em ambas as provas espero melhorar os meus tempos anteriores, o que acredito possa acontecer face à evolução que sinto ter conseguido desde que começei a treinar com mais método.
Entretanto os treinos tem decorrido com grande regularidade e de forma bastante satisfatória. Imaginem que a "coisa" tem evoluído de tal forma, que no próximo sábado, se tudo correr normalmente, conto fazer a minha estreia numa pista de atletimo em tartan. Isso irá acontecer no treino que está planeado para esse dia e que inclui 10 repetições de 400 metros. A pista escolhida será a do Estádio Municipal da Póvoa de Varzim, cujo custo de utilização é de € 1,00 por sessão.
Se estiverem curiosos, aguardem, pois, brevemente contarei mais esta experiência!

Tuesday 11 November 2008

Uma ideia...

A minha presença na blogosfera atlética (conceito que inclui os blogues que falam de forma mais ou menos intensa de atletismo) é relativamente recente. Quando decidi abrir este espaço fi-lo sem outro objectivo senão o de deixar, para memória futura, aquilo que seria o processo de preparação para a minha primeira maratona.
Em boa hora decidi fazê-lo. Com efeito, o simples facto de registar aquilo que me ia acontecendo, no que à corrida diz respeito, acabou por se transformar numa motivação extra para conseguir superar, com sucesso, o desafio da maratona. Por outro lado, a partilha dessas experiências permitiu-me interagir com algumas pessoas que não conhecia e que se vieram a tornar preciosos companheiros de aventura. Já aqui o escrevi, e repito, que os comentários que vão chegando de quem nos lê, com palavras de estímulo e incentivo, são altamente reconfortantes e incentivadoras para a continuação da nossa actividade atlética.
Sem darmos por isso, acabamos por criar, com aqueles cujos blogues acompanhamos, uma relação que, embora muitas vezes impessoal, é extremamente intensa. Quem é que, gostando de correr, não fica cativado por blogues como o da Maria, do António, do Luis, do Marco, do Capela, do Aristides, do Carlos, do Joaquim, do Jorge e de tantos outros? No fundo, acabamos por criar uma espécie de corrente de energia positiva que se vai passando entre todos e que nos une a partir da paixão pela corrida.

Pensando nisso, e porque nos aproximamos de uma época do ano propícia a isso, lembrei-me que seria extremamente interessante que pudessemos organizar um pequeno encontro onde pudessemos, com a calma que muitas vezes nos falta nas provas que corremos juntos, nas quais nos encontramos fugazmente no início ou no final, mas geralmente sem grande tempo para conversar, conviver e partilhar de viva voz as nossas experiências e a nossa paixão pelo atletismo.
A ideia seria a de organizar um pequeno evento que poderia incluir duas partes:
- Um treino conjunto (afinal, que melhor forma de convivermos senão a correr);
- Um almoço (ou jantar).

Caso haja mais gente que partilhe desta ideia/vontade, talvez seja boa ideia encontrar quem trate de avançar com um programa.

Que vos parece?


ADITAMENTO - Este blog(er) adere à proposta lançada pelo Luis Mota!

Thursday 6 November 2008

Correr porquê?

Ao ler o post que a minha amiga virtual Sandra Partridge colocou no seu simpático blog, dei comigo a pensar sobre a razão pela qual gosto de correr. No seu caso, a Sandra define assim a razão de ser da sua paixão:

"In my case, I do it because of all the above and also because after each marathon I feel powerfull. After each race I know I have defied the misconception that "getting older" means you are no longer athletic, that you no longer can do "this" or do "that". I proved to myself time and time again that I am like a good bottle of wine: The old I get the better I feel. Is not so much how I look; well that's too (rsss) but how I feel. Running make me feel good, healthier and beautiful SO I WILL KEEP RUNNING".

E eu?

A corrida é um desporto que não serve para qualquer tipo de pessoa. Sendo um desporto individual e que, no caso do meio fundo e fundo, requer muita capacidade de resistência, é uma prática que se adapta bem a pessoas que gostam de ter objectivos e que consigam motivar-se para lutar por eles com determinação. Como me encaixo nesse tipo de pessoas, acredito que essa seja uma das razões pelas quais gosto tanto de correr.

Ainda a este propósito, a corrida tem uma coisa interessantíssima: nunca deixamos de ter objectivos que nos motivem a continuar. Ontem queriamos correr uma maratona. Amanhã queremos fazê-lo abaixo de 3h30m. Depois de amanhã estaremos a lutar por conseguir correr uma maratona em New York. Depois disso estaremos a tentar conseguir um tempo que nos permita correr a maratona de Boston, etc. etc...

Outro aspecto que os praticantes de atletismo gostam imenso (eu incluído) é a maravilhosa sensação que o nosso corpo experimenta depois de um treino ou uma prova que nos deixa esgotados. Os não-atletas podem dizer que seremos uma espécie de masoquistas, mas a verdade é que é fantástica a sensação que obtemos ao levar o nosso esforço aos seus limites (ou lá perto) e ao alcançar um objectivo. É algo que nos preenche completamente, seja do ponto de vista físico seja do mental. Aliás, acho que os dois se complementam e interagem concorrendo para potenciar o prazer.

A corrida tem algo que é de inagável valor para cada um dos que a praticam: dá saúde. De um modo geral, e se medicamente orientados, ao praticar atletimos conseguimos usufruir de uma tremenda mais valia a este nível, aspecto ao qual vamos dando cada vez mais valor. No meu caso isso implica a capacidade de manter um peso estável e de me sentir "forte". Quando corro com regularidade a minha qualidade de vida é muito maior do que nos tempos que passo mais afastado da sua prática.

No seu post a Sandra fala de algo que ainda não sinto muito, mas que acredito vá sentir cada vez mais intensamente: a possibilidade que a corrida nos dá de conseguirmos lutar contra o inexorável avanço do relógio biológico. Estando ainda na casa dos trintas essa não é ainda uma motivação major, mas tenho a certeza que entrando pelos quarentes e pelos cinquentas a dentro, não deixarei de ter, na corrida, um poderoso aliado que me ajude a sentir-me capaz de vencer a sensação de perda de poder que a idade deixa em todas as pessoas. Já imaginaram o que sentirá o cidadão inglês que, com os seus vetustos 87 anos, completou no passado domingo a Maratona de New York? Velho não deve ser, concerteza!

Para além destes aspectos de cariz mais pessoal, há outros que sempre pesam, que não sendo específicos da corrida, acabam também por se verificar. Falo de coisas como a possibilidade de conhecermos pessoas novas, com as quais partilhamos o nosso prazer ou de passear por novos locais, o que fazemos quando vamos disputar provas fora da nossa área de residência, entre outros.

Julgo que é por tudo isto e, talvez, ainda mais, que nunca deixei de correr desde que aos 13/14 anos descobri este maravilhoso desporto. Com maior ou menor intensidade, a corrida faz e continuará a fazer parte dos meus hábitos.

Wednesday 5 November 2008

Reflexões pós-Maratona (E depois?)

Nos dias prévios à Maratona do Porto, ainda a prova não estava "corrida" e já eu dava comigo a ser assaltado de um sentimento de nostalgia do empenho, das emoções e das sensações vividas nas 11 semanas anteriores. Não sei se alguém se apercebeu disso pelos relatos que aqui fui deixando, mas a verdade é que os últimos 3 meses foram muito intensos para mim e todo este trabalho de preparação da participação na Maratona do Porto foi algo no qual me envolvi de "corpo e alma".

Embora estivesse altamente concentrado na Maratona, não deixava de pensar no que iria acontecer no dia seguinte (como é óbvio, sempre parti do princípio de que o objectivo iria ser alcançado - como foi). As minhas dúvidas eram do género: depois destes meses a treinar entre 6 a 7 vezes por semana, seguindo um plano de treinos que se esgota no dia 26 de Outubro, o que irei fazer depois? Continuo a treinar com a mesma intensidade? Sigo o mesmo plano de treinos, ou volto a correr como fazia até Julho? Por outro lado, pensava que, depois de alcançar o objectivo de fazer uma maratona, que mais poderia almejar? Será que iria sentir a mesma motivação para me lançar ao objectivo de correr mais maratonas? Finalmente, dava comigo a imaginar qual seria o sentimento que se iria apoderar de mim depois de alcançar o objectivo de me tornar Maratonista. Será que me irei sentir uma espécie de super-homem? Será que viverei algum momento de êxtase ao cortar a meta? Quanto tempo irá durar essa sensação?

Esta enumeração dos pensamentos que passaram pela minha cabeça, creio, dá uma noção do nível de empenho que coloquei neste objectivo e da importância que a sua superação teve para mim.

Dez dias depois já tenho algumas respostas. No fundo, aquilo que aconteceu é, nem mais nem menos, do que aquilo que sempre acontece na nossa vida. Depois de um dia vem outro. Depois de um momento de glória, a vida continua e o feito conseguido tornar-se-à tão mais perene quanto melhor nós consigamos replicar em tudo o resto que fazemos o empenho e a dedicação que nos levou a alcançá-lo. Na prática isto significa que me senti profundamente satisfeito por ter conseguido fazer a minha primeira Maratona e por tê-lo feito num tempo honroso. Aquilo que senti nesse momento é algo que já está adquirido e que já faz parte de mim. O importante agora, é seguir em frente. O importante é criar novos objectivos e lutar por eles com o mesmo empenho e determinação. Fazendo-o estou a fazer perdurar a alegria e a satisfação que senti no dia 26 de Outubro passado!

Por isso mesmo, depois de uma semana de descanso, esta semana voltei aos treinos com a mesma intensidade (em 3 dias já levo cerca de 32,5 Km de treinos). Neste período resolvi a questão que mais me preocupava, que era a da falta de orientação técnica. Com efeito, e creio que nestas coisas a sorte acaba por vir ter connosco, acabei por travar conhecimento com o grande atleta Baltazar Sousa (foi o 3º português na Maratona do Porto), pessoa com quem acabei por estebelecer rapidamente uma grande empatia e que se disponibilizou a dar-me apoio técnico na orientação do meu treino doravante. Finalmente, já defini, para mim mesmo, alguns objectivos que espero conseguir alcançar a curto prazo, e que brevemente vos darei conta.

Tuesday 4 November 2008

Reflexões pós-Maratona (Ainda a prova)

Passada mais de uma semana sobre a prova, já consigo fazer uma análise mais "a frio" sobre o meu desempenho.
De acordo com os dados oficiais, o meu tempo líquido foi de 3h 38m 34s. A passagem à meia maratona foi no tempo de 1h 45m 06s (eu tinha registado mentalmente um tempo por volta de de 1h 44m), o que significa que a segunda metade da prova foi efectuada em 1h 53m 28s. Assim temos:
1ª metade - 1h 45m 06s (média de 4:59/Km)
2ª metade - 1h 53m 28s (média de 5:23/Km)

Esta grande diferença entre o ritmo das duas metades da prova é, pelo que me fui apercebendo nas várias conversas com as pessoas com quem falei e daquilo que li antes da prova, uma coisa que acontece habitualmente aos maratonistas, com maior incidência nos inexperientes. No meu caso creio que isso aconteceu fruto de uma planificação ligeiramente optimista do ritmo de prova. Nestas coisas ficamos sempre com a dúvida sobre qual seria o resultado final se tivesse andado dois ou três minutos mais lento na primeira metade. Será que isso me daria condições para, na parte final, imprimir um ritmo mais elevado e ter conseguido um tempo final inferior ao que consegui? Apesar da dúvida (legítima) tenho a sensação de que se voltasse à linha de partida iria seguir uma estratégia idêntica, pois sentia-me bem preparado.

Entretanto, há algo que me deixa satisfeito. Como aqui tinha deixado escrito há muito tempo, a preparação para a Maratona do Porto foi a primeira vez, desde há muitos anos, que treinei com algum método. Até aí os meus treinos eram totalmente desprovidos de técnica que me permitisse evoluir para patamares de rendimento mais elevados.
Por outro lado, o plano de treinos que segui foi aquele que estava publicado no site da Maratona do Porto. Quem lá for espreitar pode constatar que o Plano estava preparado para 20 semanas e dava 3 opções de treino em função dos objectivos:
- Quem pretendia alcançar um tempo entre 2h50 e 3h15
- Quem pretendia alcançar um tempo entre 3h30 e 4h00
- Quem pretendia alcançar um tempo entre 4h00 e 5h00

No meu caso, escolhi a segunda alternativa. No entanto, por questões de agenda, apenas comecei a minha preparação a tempo de cumprir 12 das 20 semanas previstas. Para além disso, o Plano que foi publicado deixava muitos aspectos por responder, como os ritmos de treino, das séries, etc.
Vistas as coisas à posteriori, creio que ter conseguido ficar perto do limite de tempo mais baixo do intervalo é bom. Por outro lado, acredito que as dificuldades que senti na parte final da prova se fiquem a dever ao facto de ter feito apenas 12 das 20 semanas previstas, pois ter-me-à faltado resistência suficiente para conseguir manter o mesmo ritmo na segunda metada da maratona.

Finalmente, e de acordo com os dados do meu relógio Polar a pulsação média foi de 162, sendo que me mantive cerca de 2/3 do tempo abaixo de 85% da capacidade máxima teórica. Trata-se de um resultado em tudo compatível com aquilo que senti ao longo da prova e que me deixa confiança de que em futuras maratonas tenho alguma margem para melhorar o desempenho.

Monday 3 November 2008

Reflexões pós-Maratona (A recuperação física)

O tema da recuperação física pós-Maratona é sempre muito abordado pelos especialistas na matéria. Tendo falado com algumas pessoas sobre o assunto, deixo-vos a minha experiência pessoal.

O pior período que passei no pós-Maratona foram as 5 horas seguintes ao final da prova. No primeiro momento senti grandes dores musculares nas pernas, as quais foram substâncialmente atenuadas com a massagem disponibilizada pela organização e à qual recorri. No momento imediato ao trabalho do massagista a sensação de desconforto e dor melhora bastante, embora se fique com a sensação de que o efeito vá "desaparecendo". (Talvez seja importante dizer que foi a primeira vez na minha vida que recorri a um massagista...).
Depois dessa sensação, e na viagem de regresso a casa, senti um mal estar geral no corpo, situação que me surpreendeu e que era bastante desagradável. Não havia nenhum sintoma de dor aguda em parte alguma e a melhor comparação que posso fazer é com aqueles dias em que estamos doentes, de cama, sem forças para nada... Uma coisa bastante desagradável que durou até chegar a casa. Aí tive oportunidade de (finalmente) tomar banho, após o que me deitei cerca de meia hora.

Após esse repouso as coisas começaram a melhorar. Fui almoçar e comecei a reagir. O resto da tarde foi passado calmamente em casa. Ao final da tarde já me sentia francamente melhor. Não vou dizer que estava pronto para fazer um treino, mas já não sentia nada de semelhante ao que passei nas primeiras horas.

No dia seguinte fiz uma longa viagem até ao sul do país (estive por lá na passada semana em gozo de férias), não tendo sentido nada digno de relevo, a não ser o facto de não ter dores de espécie alguma. Esse foi o meu primeiro dia de descanso. Na terça-feira fiz o meu primeiro treino. Cauteloso, corri cerca de 40 minutos em ritmo lento, tendo percorrido cerca de 6 quilómetros. A sensação que tive não era muito diferente da que comecei a sentir a partir dos 30 Km na Maratona do Porto, ou seja, as pernas estavam um pouco "pesadas". De qualquer forma, como o ritmo era baixo, não houve dificuldades nenhumas.

Depois disso voltei a treinar na quinta feira (55 minutos - 9,5 Km) e no sábado (35 minutos - 7 Km). Em ambas as vezes senti-me bastante bem e capaz de fazer uma corrida razoavelmente solta. Ontem voltei a descansar e hoje recomecei os meus treinos num ritmo idêntico que que tinha no período pré-Maratona.

Em resumo, posso considerar que a minha recuperação coreu bastante bem, com a excepção das primeiras horas depois da prova.

Sunday 26 October 2008

A minha Maratona do Porto

Como é habitual em mim nos dias de prova, a manhã começou bastante cedo. às 5h15m o despertador tocou, pois era hora de pequeno almoço. Dois copos de sumo de laranja e dois pães com queijo foram o alimento com que iniciei o dia.
A viagem para o Porto foi, desta vez, feita de mota, com o meu irmão, cuja preciosa ajuda nos abastecimentos ao longo do percurso, foi fundamental. Foi assim que cheguei ao local da partida com cerca de 50 minutos de antecdência face à hora marcada para a partida.
Não hevendo necessidade de grande aquecimento (afinal tinha mais de 42 Km para isso!!!), o tempo foi aproveitado para encontrar e conviver com alguns amigos, como foi o caso do meu colega de treinos, o João Ferreira, o Luis Mota, da Ana Pereira, do António Almeida ou do Fernando Andrade.

A partida foi normal. Tal como disse no post anterior, nota-se a diferença entre a Maratona e as outras provas. Hoje houve muitos menos empurrões, menos pressa em arrancar, o que é bastante mais agradável, diga-se. Acompanhado pelo João Ferreira, fiz o primeiro quilómetro em 5:15, tempo ligeiramente abaixo de que tinha previsto. Perguntei-lhe se ele queria avançar para a média de 5:00/Km, mas ele, prudentemente, disse que preferia continuar assim. Decidi então seguir um pouco mais rápido, tendo encontrado, mais à frente o João Mota Freitas, do Porto Runners, um ex-colega de trabalho da minha mulher e que eu tinha conhecido no dia anterior. O objectivo dele era idêntico ao meu, pelo que seguimos juntos.

Em boa companhia, fomos descendo a Avenida da Boavista e aproveitando o declive para ganhar alguns segundos face à média de 5:00/Km que tinhamos estipulado. Fomos assim até metade da prova, já na Afurada, onde passamos em cerca de 1h44m. Da minha parte sentia-me lindamente. A batida cardíaca era baixa e sentia-me muito bem em termos musculares.
Continuamos neste ritmo até aos 23 Km, altura em que fui forçado a uma curta paragem para satisfazer umas coisas "muito minhas" (daquelas que ninguém consegue fazer por mim...). Devo ter perdido uns 30 segundos, distância que demorei cerca de 1 Km para recuperar, tendo apanhado o João novamente um pouco antes dos 25 Km. Aí estava o meu irmão que me proporcionou o segundo abastecimento de gel. Durante o abastecimento e logo ao entrar na Ponte D. Luis para nos dirigirmos até ao Freixo, percebi que o João Mota Freitas estava a quebrar um pouco e que não ia manter o mesmo ritmo.

Como me sentia bem, decidi avançar e começar o meu contra-relógio até à meta. Fui passando quilómetros até chegar ao Freixo, já com menos de 1 minuto de vantagem sobre a média de 5.00/Km. Ao 30 Km essa vantagem face à média "mágica", que me garantiria um tempo na casa de 3h30m continuava a diminuir, embora ainda fosse positiva. Julgo que consegui andar dentro dela até aos 31/32 Km. A partir daí comecei a sentir as pernas a pesar cada vez mais e sem capacidade de imprimir ritmos mais elevados.
Percebi que já não iria conseguir as 3h30m. Sem dramas, deixei-me ir dentro do ritmo que o corpo permitia. Afinal ainda faltavam cerca de 10 Km para a meta e havia mais a perder do que a ganhar em arriscar naquelas circunstâncias. Creio que comecei a andar a 5:15/Km e devo ter baixado até ao máximo de 5:45/km durante os últimos 10 de prova.
A ordem que o corpo tinha era de andar o que fosse possível. Apesar de mostrar um lado compreensivo com o que se passava com o organismo, não deixei de tentar avançar com determinação e entusiasmo, evitando assim pensamentos negativos ou a sensação de me estar a arrastar, o que ainda poderia agravar mais as coisas.

Felizmente os quilómetros iam passando e com a entrada na Avenida da Brasil, momento em que se sente estar bem perto da meta, fica-se com a clara sensação de que a prova "está no papo", como se costuma dizer.

Com calma e sempre ao mesmo ritmo, subi a Avenida da Boavista para os 2 últimos quilómetros, sentido o apoio de várias pessoas, certamente ligadas aos atletas ainda em prova, tendo chegado à meta no tempo que já sabem. Verifiquei que fui o 276º da Classificação Geral, lugar que me coloca ligeiramente acima de metada da tabela!

Depois de cruzar a meta e de parar de correr, senti grandes dores musculares. A longa espera para as massagens foi algo dolorosa, mas depois de tratado pelas mãos do massagista da prova, as coisas melhoraram significativamente. Neste momento, já cerca de 12 horas depois da prova, sinto as pernas em (relativo) bom estado, prontas para um ligeiro treino de recuperação amanhã.

Como vêm, correr uma Maratona não é nada do outro mundo. É apenas uma questão de querer e, querendo mesmo, fazer o que deve ser feito. Depois, é fácil!

Impressões gerais sobre a Maratona do Porto

A partir de amanhã estarei ausente por uma semana em gozo de férias. De qualquer forma quero, antes de partir, deixar algumas palavras sobre a Maratona do Porto, prova que conclui no final da manhã de hoje.

Em primeiro lugar, como devem calcular, sinto uma grande satisfação em ter conseguido atingir um objectivo que andava na minha cabeça há, precisamente, um ano. Para além disso, fi-lo num tempo que tinha definido como sendo "Bom". Foram 3 horas, 38 minutos e 48 segundos de corrida praticamente ininterrupta que fizeram de mim MARATONISTA!

Em segundo lugar gostava de dizer que a prova, em si mesma, me correu bastante bem. Para quem fez fez algum estudo sobre o que significa correr uma Maratona, das dificuldades que se sente para conseguir fazer a distância, do "muro", dos sacrifícios, muitas vezes, desumanos, considero que as coisas me correram muito bem e, tendo feito um grande esforço, não cheguei a testar os meus limites.

Em terceito lugar é importante referir que senti a diferença entre o que significa correr uma Maratona e qualquer outra distância (inferior, é claro). Na Maratona, pelo menos no pelotão, sente-se um maior espírito de companheirismo e de apoio entre os atletas do que nas outras distâncias. Julgo que o respeito que todos sentem pela distância e a noção de que ganhar uns segundos num abastecimento outra situação do género de nada vale, os torna mais disponíveis para si e para os outros. Para além disso, tudo acontece a um ritmo mais lento e, por isso mesmo, que nos permite saborear melhor a prova.

Em quarto lugar quero deixar uma palavra especial para alguns amigos dos blogues que conheci durante este fim de semana e cujo apoio e incentivo foram fundamentais. Entre eles refiro o Luis Mota, o António Almeida, que se estrearam na distância comigo, a Ana Pereira e o Fernando Andrade. A todos deixo um forte e sentido abraço.

Finalmente quero realçar a excelente organização da Maratona do Porto, cujo trabalho contribui fortemente para que os atletas se sintam bem e alcancem os seus objectivos. Desde a ExpoMaratona, durante a qual foram entregues os dorsais, a Pasta Party, a partida, os abastecimentos ao longo do percurso e o apoio no final aos atletas, tudo foi excelente. Ao Jorge Teixeira, líder de uma vasta equipa que faz das provas do Porto uma referência nacional e já internacional no atletimo, fica aqui o meu sincero obrigado por tudo o que tem feito.
 
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