No dia 25 de Abril participei na 11ª Edição do Grande Prémio de Atletismo de Campo, no concelho de Valongo. Trata-se de uma prova na qual nunca tinha participado e que foi escolhida de forma perfeitamente aleatória de entre as várias alternativas que havia na zona do Porto naquele dia.
Confesso que dificilmente poderia fazer pior escolha!
A organização da prova, sendo composta por gente simpática e empenhada, era de um amadorismo confrangedor, senão vejamos:
- Ninguém me soube dizer qual a distância do percurso. Quando telefonei a pedir informações uns dias antes da prova, disseram-me que eram 9 km. Quando levantei o dorsal avisaram-me de que eram cerca de 10/10,3 km. Depois de terminar, voltei a perguntar a um dos membros da organização que me repetiu a mesma coisa, ou seja, "dizem que são 9 km, mas devem ser mais de 10 km..." Isto dito por um elemento da organização diz bem do cuidado com que tudo foi tratado.
- Não havia chips nem controlo de tempos. Em determinado local do percurso davam-nos um elástico para colocar no pulso, provando que tinhamos cumprido o itinerário definido. No final, havia alguém que tomava conta dos números numa folha de papel, para definir a classificação geral. Realmente era assim que se costumava fazer há uns anos atrás...
Bom, mas estes problemas de organização foram a parte menos grave. Problema sério foi, esse sim, o perfil do percurso definido. Confesso que se tivesse pensado um pouco ter-me-ia lembrado da famosa Serra de Valongo e talvez isso tivesse bastado para me afastar daquela prova. Mas não...
A prova era dificílima. O mote era dado longo à partida, com uma extensa subida de mais de 1 km que tinha uma inclinação muito acentuada. Depois disso não havia momento em que conseguissemos andar mais de 500 mt sem encontrar uma subida muito inclinada. Enfim, um permanente sobe e desce que a mim, que tenho um crónico problema de rendimento em percursos acidentados, me deixou totalmente esgotado.
Em termos comparativos, considero que esta prova tenha, pelo menos, o dobro do grau de dificuldade da S. Silvestre do Porto, corrida que se caracteriza pelas fortes inclinações de parte substâncial do percurso.
O resultado final cifrou-se nuns miseráveis 49:24 para um percurso que estimo tivesse cerca de 10 km.
Apesar de tudo, fica a satisfação de ter conseguido completar a prova e de ter participado numa manifestação genuinamente popular, feita por pessoas humildes e de boa vontade e participada por gente que gosta de atletismo e que o procura formentar entre os mais jovens. Só isso já é, para mim, motivo que baste para esquecer as coisas menos positivas.
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