Friday 27 February 2009

Teste

Quase 3 semanas após de ter parado completamente de treinar e 10 sessões de fisioterapia depois, fui aconselhado pelo fisioterapeuta que está a orientar o meu tratamento a fazer um "teste". Assim, amanhã irei correr cerca de 5 Km em ritmo lento para analisar a reacção do corpo e no domingo fui aconselhado a fazer mais uma sessão de ciclismo (cerca de 25 Km).

Na minha situação estes pequenos avanços são bons sinais. Espero conseguir "dominar-me" e não deixar que o entusiasmo deite tudo a perder!

Segunda-feira volto à fisioterapia.

Sunday 22 February 2009

A primeira corrida

A semana foi de mentalização. O pai incentivava-a o que fazia com que ela sonhasse com a sua primeira corrida. "Eu vou ganhar, papá", dizia ela quando falavam do assunto. "Claro que sim, tu és uma campeã", dizia-lhe o pai.

Na véspera da prova uma ligeira constipação quase deitava tudo a perder. É importante correr, mas só se estivermos bem, pensava o pai, olhando para o que têm sido os seus últimos tempos, afastado das corridas por não ter dado devida atenção aos sinais do corpo. Felizmente as coisas evoluiram muito positivamente e ela acordou cedo e cheia de energia. Às 10.00h sai de casa com o pai com três objectivos: correr, ir brincar no escorregão e comprar a bola que o pai lhe tinha prometido como prémio pela sua primeira corrida. Sim, um momento tão importante merecia, certamente, um prémio.

"Papá, quero ir primeiro brincar no escorregão", dizia ela ao sair de casa. O pai, que não sabia bem o horário das provas, não cumpre o seu pedido e dirigi-se directamente para o local onde seria disputada a corrida: o bairro da Matriz, na Póvoa de Varzim. A corrida estava integrada nas comemorações do 22º Aniversário da Associação da Matriz, uma das tradicionais colectividades que se dedicam ao desporto e à cultura e que, com uma entrega louvável por parte dos seus dirigentes fazem com que tantas e tantas crianças tenham oportunidade de praticar desporto.

Chegados ao local, constatam que ainda falta algum tempo. "Quanto?", pergunta o pai sem, contudo, conseguir obter uma resposta concreta. Ela é que não estava pelos ajustes. "Papá, não quero correr, quero ir ao escorregão", dizia ao ver que a ordem do programa que tinha imaginado não estava a ser cumprido. O pai, apelando ao melhor do seu argumentário lá a tentava entreter. Primeiro o momento da colocação do dorsal, cerimónia que a deixou visivelmente envaidecida. Ela olhava para os outros meninos e meninas e todos tinham um dorsal e ela também! Depois, viu uns cães espreguiçar-se ao sol, e não resistiu a brincar com eles. Eram uns rafeiros simpáticos e bonacheirões que se deixaram acariciar e que reagiam com satisfação às suas brincadeiras. Com estas manobras o tempo ia passando e ela ia ficando por ali. A prova estava quase a chegar.

Quando, finalmente, chegou a hora da prova, ela parecia já mais convencida. Concentrada e com o sentido de responsabilidade que sempre coloca nos momentos importantes, agarrava a mão ao pai com força e juntou-se aos seus colegas de corrida sem pestanejar. Ela queria mesmo correr. A prova tinha cerca de 300 metros, pelo que a partida era dada num local diferente da chegada. Vão até lá de mão dada, ela sempre a apertar a mão do pai com muita força. "Papá, vamos correr com a mãozinha dada, está bem?", dizia ela, habituada que está a viver os seus grandes momentos sempre com o seu pai ou a sua mãe por perto.

Estão já alinhados na linha de partida a aguardar que soe o apito que marca o início do grande momento. "Partida"! Ela começa imediatamente a correr com as outras meninas e com a mão dada ao pai, que a acompanha. A certa altura o pai diz-lhe que é melhor largar a mão e correr como as outras meninas. Ela solta-se e correr sozinha. Com vontade e empenho. O pai segue ao seu lado incentivando-a. O público presente aplaude o que dá ainda mais força às pequenas atletas.

A prova corre muito bem. Ela corre todo o percurso sem parar. A meio o pai chega a duvidar da sua capacidade para fazer aquela corrida de forma contínua, mas engana-se. Sem necessidade da mão do pai, ela corre como uma campeã. Cumpre o percurso sem grandes oscilações de ritmo e atinge a meta com prazer. De tal forma que ao perceber que a corrida estava a terminar, ergue as mãos em sinal de vitória.

Ao chegar recebe um cartão que dizia 14º lugar. Logo de seguida dão-lhe outro que dá acesso a uma garrafa de águas. E entregam-lhe ainda uma medalha, o que a deixa muito orgulhosa de si própria. Sim, ela cumpriu a sua promesa e ganhou!

Hoje, a uma semana e um dia de completar quatro anos de vida, a Joana fez a sua primeira corrida. Pouco depois andou de escorregão e foi com o pai comprar a merecida bola. Ao chegar a casa a mãe perguntou-lhe como tinham corrido as coisas. "Foi espectacular, mamã" disse-lhe ela. E teve razão!

Saturday 21 February 2009

Campeonato Nacional de Marcha

Disputaram-se esta tarde os Campeonatos Nacionais de Marcha Atlética, em Vila Nova de Gaia. Num percurso de 2 Km integralmente na marginal de Gaia, na praia de Salgueiros, em Canidelo disputaram-se provas nas várias distâncias e escalões etários desta disciplina do atletismo.

Confesso que não sou grande conhecedor da marcha atlética nem costumo acompanhar muito esta disciplina. Apesar disso, a extraordinária prestação competitiva da Ana Cabecinha e da Vera Santos dos últimos Jogos Olímpicos fizeram com que ficasse com curiosidade para dar um "saltinho" até Gaia para assistir à prova raínha do sector feminino.

A vencedora acabaria por ser a Inês Henriques com o excelente tempo de 1h30m30s. Até cerca de metade da prova as três principais candidatas (Vera Santos, Inês Henriques e Ana Cabecinha) andaram em grupo. Por essa altura a Ana Cabecinha começou a perder o contacto com as outras duas atletas e ficou fora da corrida. Vera Santos liderava sempre e Inês Henriques acompanhava-a de perto. Andaram assim até à entrada da última volta (18 Km), altura em que Inês Henriques, certamente menos desgastada por ter andado sempre mais resguardada, atacou e ganhou uma vantagem confortável para vender com quase 30 segundos de vantagem. Ana Cabecinha viria cerca de 4 minutos depois, mostrando estar ainda algo distante da sua melhor forma.

À parte desta prova, tive ainda o grato prazer de encontrar o amigo Luis Mota, que acompanhou a sua filha Mariana, que alcançou um excelente 7º lugar na prova de Iniciados Femininos. Para uma atleta que ainda tem mais um ano no escalão este foi um excelente resultado! Vi ainda a Otília Leal, do Entroncamento Runners, que completou a prova de Veteranas Femininas.

Deixo uma última palavra para lamentar o escasso número de atletas que fizeram as provas raínhas. Nos 50 Km masculinos deveriam estar uns 4 atletas em competição. Nos 20 Km femininos haveriam umas 6 ou 7, o que mostra o pouco dinamismo competitivo que esta disciplina tem no nosso país. É pena, pois temos atletas de grande nível mundial.

Monday 16 February 2009

Jovens a correr

Impedido de competir, fui ontem assistir a uma das primeiras provas em que participaram os jovens atletas dos escalões de formação do Ginásio Clube Vilacondense, clube que represento. A prova decorreu na freguesia de Beiriz, na Póvoa de Varzim.

A equipa do Ginásio Clube Vilacondense levou 4 atletas seniores e 10 jovens com idades entre os 6 e os 13 anos. Os resultados foram excelentes, com vitórias para o Baltazar Sousa nos Seniores, para a jovem Jéssica Serra nos Iniciados e para o Bruno Gavina de Sousa nos Pinguins. Para além destes, houve ainda outros que obtiveram resultados honrosos, embora nestas idades o resultado não seja das coisas mais importantes.

Gostei muito de ter visto aqueles jovens a correr e a forma empenhada e esforçada como se entregaram às suas provas. Fez-me lembrar os tempos em que também eu, com a idades deles, encarava as corridas como momentos muito importantes da minha vida e em que convivia sadiamente com os meus amigos da minha equipa.

Numa terra em que não havia nenhum projecto de formação na área do atletismo, como é o caso de Vila do Conde, é altamente meritório o trabalho que o Baltazar Sousa está a fazer, pelo que lhe deixo aqui os meus parabéns!

Friday 13 February 2009

Treino autorizado


De acordo com o plano de tratamentos, terei de continuar a fazer sessões diárias de fisioterapia por mais alguns dias. Entretanto, obtive autorização para treinar este fim de semana.

Não será a habitual corrida, mas sim um passeio de bicicleta com a duração de cerca de 1 hora.

Espero, com isto, não perder completamente a forma durante esta paragem!

Thursday 12 February 2009

Fisioterapia

Comecei hoje as sessões de fisioterapia para tentar debelar o problema que me tem apoquentado. Além de ter visto confirmar a existência da pubalgia foram-me devidamente geridas as expectativas quanto à duração do tratamento: vai demorar muito tempo!

Apesar disso, segundo me disse o fisioterapeuta que está a orientar o tratamento, poderei retomar a corrida dentro de poucos dias, embora em ritmos controlados e que irão sendo geridos em função da resposta do corpo aos tratamentos.

Em face disto já interiorizei que é necessário redefinir os objectivos que tinha delineado para o ano 2009. A partir de agora a grande prioridade é conseguir ultrapassar este problema de forma definitiva e, mesmo assim, correr a Maratona do Porto em boas condições.

Tuesday 10 February 2009

Paragem


Numa altura em que estamos fartos de ouvir notícias de empresas que fazem paragens de produção por falta de encomendas, eis que eu próprio iniciei ontem (pelo menos) uma semana de paragem ... de corrida. Tal como as outras paragens, esta também se fica a dever a razões desagradáveis, neste caso, as persistentes dores que sinto quando corro.
Depois de duas semanas em que, sem grandes resultados, tentei lidar com problema sozinho, reduzindo um pouco a carga de treino e introduzindo alguns exercícios, decidi avançar com uma solução mais radical: parar e procurar ajuda junto de quem percebe do assunto.
Espero poder voltar aos treinos brevemente!

Wednesday 4 February 2009

19ª Meia Maratona de Lisboa


Acabei de formalizar a minha inscrição para a 19ª edição da Meia Maratona de Lisboa, prova que se realizará no próximo dia 22 de Março. Esta será a minha segunda participação nesta prova, depois de ter estado presente no último ano, tendo alcançado a marca de 1h38m24, marca que passou a ser, na altura, record pessoal nesta distância.

Este ano conto melhorar a minha melhor marca na distância (que está em 1h36m19s), o que não será muito difícil, restando apenas saber qual será a margem sobre esse tempo.

Entretanto, aproveito para deixar um repto aos meus amigos da blogosfera que também estarão presentes na prova. Que tal marcarmos todos o mesmo hotel em Lisboa e organizarmos um "Meeting Blogger" na capital nesta data? Nós, os que vamos de longe, estamos automaticamente inscritos. Aqueles que moram na zona de Lisboa juntam-se a nós o que dará para conseguirmos juntar um belo lote de participantes.

Que vos parece?

Monday 2 February 2009

Lamentável

De acordo com notícias já confirmadas pelo próprio, Michael Phelps, o atleta que mais medalhas de ouro conquistou nuns únicos Jogos Olímpicos, foi apanhado em cenas que envolviam o consumo de drogas, nomeadamente marijuana. Ao que parece, tudo se passou numa festa com estudantes de uma Universidade na Carolina do Sul na qual Phelps terá participado por ter uma namorada que é lá estudante.

O uso de drogas é uma chaga dos dias de hoje, ao qual ninguém poderá dizer que está imune. Nesse sentido, pessoas como Michael Phelps são também alvos que poderão "cair", pois o facto de se tratar de alguém que conquistou a máxima glória a que um desportista pode almejar não o torna diferente dos outros jovens da sua idade.


No entanto há, neste caso, algo de profundamente lamentável. Por um lado há um lamento quanto à pessoa de Michael Phelps. Conseguir resistir à tentação de entrar por caminhos como os da droga é algo que mostra, de certa forma, a capacidade de discernimento de uma pessoa e a sua capacidade de domínio sobre as situações. Ora, Phelps, ao ceder da forma que vimos mostrou que a grandeza das suas capacidades atléticas não tem paralelo na grandeza da sua personalidade e da força das suas convicções sobre o que é certo e o que é errado. Por outro lado, lamenta-se, e muito, a mensagem que o ídolo Phelps transmite a milhões de fans que vibraram com os seus feitos e viam nele um modelo capaz de incentivar outros jovens na sadia prática do desporto.

Como diz o nosso povo com a sua sabedoria ancestral, este Phelps é um "santo" com pés de barro.


ADITAMENTO - Li hoje, nas notícias, que o atleta do Sporting de salto à Vara, Edi Maia, foi desclassificado em duas provas realizadas em 2008 por ter acusado consumo de cannabis. Mais uma vez estamos perante um jovem de pouco mais de 20 anos a deixar-se levar na onda do consumo de drogas. Há quem diga que sâo leves. Sinceramente não sei quanto "pesam", mas sei que estes comportamentos transmitem péssimos sinais para a sociedade.
Lamentável!
 
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