Sunday 26 October 2008

A minha Maratona do Porto

Como é habitual em mim nos dias de prova, a manhã começou bastante cedo. às 5h15m o despertador tocou, pois era hora de pequeno almoço. Dois copos de sumo de laranja e dois pães com queijo foram o alimento com que iniciei o dia.
A viagem para o Porto foi, desta vez, feita de mota, com o meu irmão, cuja preciosa ajuda nos abastecimentos ao longo do percurso, foi fundamental. Foi assim que cheguei ao local da partida com cerca de 50 minutos de antecdência face à hora marcada para a partida.
Não hevendo necessidade de grande aquecimento (afinal tinha mais de 42 Km para isso!!!), o tempo foi aproveitado para encontrar e conviver com alguns amigos, como foi o caso do meu colega de treinos, o João Ferreira, o Luis Mota, da Ana Pereira, do António Almeida ou do Fernando Andrade.

A partida foi normal. Tal como disse no post anterior, nota-se a diferença entre a Maratona e as outras provas. Hoje houve muitos menos empurrões, menos pressa em arrancar, o que é bastante mais agradável, diga-se. Acompanhado pelo João Ferreira, fiz o primeiro quilómetro em 5:15, tempo ligeiramente abaixo de que tinha previsto. Perguntei-lhe se ele queria avançar para a média de 5:00/Km, mas ele, prudentemente, disse que preferia continuar assim. Decidi então seguir um pouco mais rápido, tendo encontrado, mais à frente o João Mota Freitas, do Porto Runners, um ex-colega de trabalho da minha mulher e que eu tinha conhecido no dia anterior. O objectivo dele era idêntico ao meu, pelo que seguimos juntos.

Em boa companhia, fomos descendo a Avenida da Boavista e aproveitando o declive para ganhar alguns segundos face à média de 5:00/Km que tinhamos estipulado. Fomos assim até metade da prova, já na Afurada, onde passamos em cerca de 1h44m. Da minha parte sentia-me lindamente. A batida cardíaca era baixa e sentia-me muito bem em termos musculares.
Continuamos neste ritmo até aos 23 Km, altura em que fui forçado a uma curta paragem para satisfazer umas coisas "muito minhas" (daquelas que ninguém consegue fazer por mim...). Devo ter perdido uns 30 segundos, distância que demorei cerca de 1 Km para recuperar, tendo apanhado o João novamente um pouco antes dos 25 Km. Aí estava o meu irmão que me proporcionou o segundo abastecimento de gel. Durante o abastecimento e logo ao entrar na Ponte D. Luis para nos dirigirmos até ao Freixo, percebi que o João Mota Freitas estava a quebrar um pouco e que não ia manter o mesmo ritmo.

Como me sentia bem, decidi avançar e começar o meu contra-relógio até à meta. Fui passando quilómetros até chegar ao Freixo, já com menos de 1 minuto de vantagem sobre a média de 5.00/Km. Ao 30 Km essa vantagem face à média "mágica", que me garantiria um tempo na casa de 3h30m continuava a diminuir, embora ainda fosse positiva. Julgo que consegui andar dentro dela até aos 31/32 Km. A partir daí comecei a sentir as pernas a pesar cada vez mais e sem capacidade de imprimir ritmos mais elevados.
Percebi que já não iria conseguir as 3h30m. Sem dramas, deixei-me ir dentro do ritmo que o corpo permitia. Afinal ainda faltavam cerca de 10 Km para a meta e havia mais a perder do que a ganhar em arriscar naquelas circunstâncias. Creio que comecei a andar a 5:15/Km e devo ter baixado até ao máximo de 5:45/km durante os últimos 10 de prova.
A ordem que o corpo tinha era de andar o que fosse possível. Apesar de mostrar um lado compreensivo com o que se passava com o organismo, não deixei de tentar avançar com determinação e entusiasmo, evitando assim pensamentos negativos ou a sensação de me estar a arrastar, o que ainda poderia agravar mais as coisas.

Felizmente os quilómetros iam passando e com a entrada na Avenida da Brasil, momento em que se sente estar bem perto da meta, fica-se com a clara sensação de que a prova "está no papo", como se costuma dizer.

Com calma e sempre ao mesmo ritmo, subi a Avenida da Boavista para os 2 últimos quilómetros, sentido o apoio de várias pessoas, certamente ligadas aos atletas ainda em prova, tendo chegado à meta no tempo que já sabem. Verifiquei que fui o 276º da Classificação Geral, lugar que me coloca ligeiramente acima de metada da tabela!

Depois de cruzar a meta e de parar de correr, senti grandes dores musculares. A longa espera para as massagens foi algo dolorosa, mas depois de tratado pelas mãos do massagista da prova, as coisas melhoraram significativamente. Neste momento, já cerca de 12 horas depois da prova, sinto as pernas em (relativo) bom estado, prontas para um ligeiro treino de recuperação amanhã.

Como vêm, correr uma Maratona não é nada do outro mundo. É apenas uma questão de querer e, querendo mesmo, fazer o que deve ser feito. Depois, é fácil!

Impressões gerais sobre a Maratona do Porto

A partir de amanhã estarei ausente por uma semana em gozo de férias. De qualquer forma quero, antes de partir, deixar algumas palavras sobre a Maratona do Porto, prova que conclui no final da manhã de hoje.

Em primeiro lugar, como devem calcular, sinto uma grande satisfação em ter conseguido atingir um objectivo que andava na minha cabeça há, precisamente, um ano. Para além disso, fi-lo num tempo que tinha definido como sendo "Bom". Foram 3 horas, 38 minutos e 48 segundos de corrida praticamente ininterrupta que fizeram de mim MARATONISTA!

Em segundo lugar gostava de dizer que a prova, em si mesma, me correu bastante bem. Para quem fez fez algum estudo sobre o que significa correr uma Maratona, das dificuldades que se sente para conseguir fazer a distância, do "muro", dos sacrifícios, muitas vezes, desumanos, considero que as coisas me correram muito bem e, tendo feito um grande esforço, não cheguei a testar os meus limites.

Em terceito lugar é importante referir que senti a diferença entre o que significa correr uma Maratona e qualquer outra distância (inferior, é claro). Na Maratona, pelo menos no pelotão, sente-se um maior espírito de companheirismo e de apoio entre os atletas do que nas outras distâncias. Julgo que o respeito que todos sentem pela distância e a noção de que ganhar uns segundos num abastecimento outra situação do género de nada vale, os torna mais disponíveis para si e para os outros. Para além disso, tudo acontece a um ritmo mais lento e, por isso mesmo, que nos permite saborear melhor a prova.

Em quarto lugar quero deixar uma palavra especial para alguns amigos dos blogues que conheci durante este fim de semana e cujo apoio e incentivo foram fundamentais. Entre eles refiro o Luis Mota, o António Almeida, que se estrearam na distância comigo, a Ana Pereira e o Fernando Andrade. A todos deixo um forte e sentido abraço.

Finalmente quero realçar a excelente organização da Maratona do Porto, cujo trabalho contribui fortemente para que os atletas se sintam bem e alcancem os seus objectivos. Desde a ExpoMaratona, durante a qual foram entregues os dorsais, a Pasta Party, a partida, os abastecimentos ao longo do percurso e o apoio no final aos atletas, tudo foi excelente. Ao Jorge Teixeira, líder de uma vasta equipa que faz das provas do Porto uma referência nacional e já internacional no atletimo, fica aqui o meu sincero obrigado por tudo o que tem feito.

3h 38m 48s



C O N S E G U I !!!!

Friday 24 October 2008

A Maratona que espero fazer

Estando a menos de 2 dias de correr a Maratona do Porto, vou deixar aqui os meus objectivos para a prova e a forma como estou a contar orientar a corrida.

Sendo esta a primeira maratona que corro, é óbvio que o primeiro e, quiçá, o grande objectivo é o de conseguir terminar a prova. O misticismo que a Maratona envolve e o peso que representa, para alguém que nunca viu o atletismo de outra forma que não enquanto actividade recreativa, imaginar-se correr consecutivamente durante mais de 42 quilómetros são razões mais do que suficientes para tornar o feito quase heróico. Aliás, uma das razões que, habitualmente se indica justificarem a vontade das pessoas em correr maratonas é precisamente essa: o desejo de superação, de conseguir alcançar algo "especial".

Para além desse objectivo, não posso deixar de reconhecer que gostaria muito de conseguir concluir a prova em razoáveis condições físicas e sem exagerar nas doses de sacrifício. Numa prova destas ninguém espera concluir fresco e com grandes reservas energéticas. Da minha parte acredito que, fruto da aturada preparaçao que fiz, é possível fazer a prova dentro de um limite de esforço que não ponha em causa a minha própria saúde e sem levar ao extremo as minhas capacidades. De qualquer forma, tudo o que acontecer depois dos 30 Km será novidade para mim, pois nunca ultrapassei essa distância em nenhum dos meus treinos.

Finalmente, e porque nestas coisas nunca nos desligamos do lado competitivo, gostaria de conseguir alcançar o melhor tempo possível. Nesta primeira incursão na distância este objectivo é claramente subalternizado pelos dois anteriores. De qualquer forma, e analisando as coisas à anteriori, classificaria assim o meu desempenho:
- Acima de 4 horas - Fracote
- Entre 3h45m e 4 h - Razoável
- Entre 3h30m e 3h45m - Bom
- Abaixo de 3h30m - Muito bom
- Abaixo de 3h25m - Impossível!

Sendo estes os meus objectivos, vou agora descrever a "táctica" que tenho em mente utilizar. A análise ao percurso, que conheço muito bem, leva-me a perceber que a primeira parte (sensivelmente até aos 10 Km) tem um inclinação propícia a bons andanmentos. Da minha parte irei seguir a um ritmo nunca superior a 5:00/Km, garantindo que a pulsação não chegue sequer às 140. Atendendo à inclinação favorável, espero chegar aops 15 Km bastante fresco. A partir daí tentarei continuar a menter o mesmo ritmo, estando certo de que isso implicará que o ritmo cardiaco chegará aos 150, que não quero ultrapassar antes da meia maratona.

A partir daí e até aos 30 Km, altura em que deixaremos de nos afastar da meta para começarmos a caminhar em sua direcção, não sei o que irá acontecer. Se lá chegar em boas condições, o objectivo é manter o ritmo. Se sentir que as forças já não são muitas, irei diminuir a passada de forma a deixar sempre uma reserva para os últimos 5 Km, aqueles em que espero sentir mais dificuldades.
Entretanto, decidi que ao longo do percurso irei fazer uma boa hidratação aproveitando as excelentes condições que a organização nos disponibiliza em termos de abastecimentos. Para além disso, irei fazer 3 tomas de gel, nomeadamente aos 15 Km, aos 25 Km e aos 35 Km.

Em teoria vai ser assim. Na prática... vejam a minha crónica depois da prova e logo saberão!

Thursday 23 October 2008

A minha preparação

Com o treino de hoje dei por finda a minha preparação para a Maratona do Porto. Tal como fiz nos meses anteriores, aqui fica o resumo do trabalho desenvolvido durante o mês de Outubro (até ao dia da Maratona):

- Nº. de treinos: 19 (Não inclui a prova realizada)
- Nº. de provas: 1 (Meia Maratona de Ovar)
- Nº. de dias de descanso: 5
- Nº. de Km percorridos: 261,2
- Nº. de treinos de séries: 3
- Nº. de treinos com rampas: 1
- Nº. de treinos longos: 2
- Tempo de corrida: 21h 00m 41s
- Tempo médio por Km: 4m 58s
- Treino mais longo: 30 Km
- Treino mais curto: 8,25 Km

Fazendo agora o resumo total do que fiz nas 12 semanas em que me dediquei a esta "aventura" (que começou no dia 1 de Agosto de 2008), temos os seguintes dados:

- Nº. de treinos: 67 (inclui as provas realizada)
- Nº. de provas: 2
- Nº. de dias de descanso: 18
- Nº. de Km percorridos: 883 (média de 73,5 Km/semana)
- Nº. de treinos de séries: 16
- Nº. de treinos com rampas: 5
- Nº. de treinos longos: 7
- Tempo de corrida: 73h 29m 47s
- Tempo médio por Km: 5m 00s
- Treino mais longo: 30 Km
- Treino mais curto: 7 Km

Para além disto importa referir que, fruto da intensificação do treino, perdi alguns quilos, estando agora com um peso de 78 Kg, valor que considero ideal para enfrentar o desafio da Maratona. Em termos físicos continuo a sentir-me bastante bem, tendo conseguido melhorar muito a minha capacidade de resistência aeróbica e não sentindo qualquer problema de ordem muscular ou articular.

Por tudo isto, estou razoavelmente optimista para a prova, tendo a convicção de que será possível superar o objectivo primeiro que é o de terminar a maratona.

Amanhã farei uma antevisão da minha prova e deixarei aqui os objectivos concretos que coloquei para mim mesmo.

Tuesday 21 October 2008

S. Pedro informa...

... que o tempo previsto para o próximo dia 26 de Outubro, mais conhecido pelos clientes deste blog como o dia da Maratona do Porto, será o seguinte:

Portanto, caros amigos, é conveniente irmos bem mentalizados para recorrer aos abastecimentos com intensidade forte, pois o dia ameaça ser quentinho...

Friday 17 October 2008

Alimentação

A correcta alimentação deve ser um aspecto central nas preocupações dos atletas. No caso da maratona esta deve ser redobrada, pois o consumo de energia durante a prova é enorme, pelo que o corpo deve estar convenientemente preparado para lidar com essa situação.

Durante os 3 meses da minha preparação, confesso, não fiz nenhuma alteração aos meus hábitos alimentares. Só para exemplo vejam lá que na quarta-feira, quando vinha de Lisboa em viagem para casa, parei na Meta dos Leitões, na Mealhada, para jantar um bom leitãozinho acompanhado pelo vinho espumante da região e ontem ao almoço não perdoei as Tripas à Moda de Porto que, à quinta-feira, são divinais no Restaurante da Fundação Cupertino de Miranda!

Como é evidente, acredito que esta não seja a dieta mais aconselhável para a preparação de uma maratona. Por isso mesmo, e porque, pelo que fui lendo, o que é verdadeiramente importante em termos alimentares, é o que se passa na última semana antes da prova, vou seguir os conselhos que me têm chegado.

Assim, a partir de segunda-feira, vai haver massa e arroz todos os dias, e as Tripas à Moda do Porto ou o Leitãozinho terão de esperar... para a comemoração! Se houver motivos para tal, como é evidente!

Thursday 16 October 2008

As provas de 2008

O grande objectivo que tracei para o ano 2008 foi o de conseguir correr a minha primeira maratona. Como amante da prática do atletismo, a ideia não era propriamente nova. No entanto, o "click" terá surgido no ano passado, quando soube de um amigo que fez a prova do Porto. Nessa altura, assumi que iria tentar cumprir esse objectivo no ano seguinte. Tendo feito a preparação possível, estou agora a 9 dias de concretizar esse sonho.

Entretanto, e como balanço do ano atlético, deixo aqui o resumo das provas que fiz e dos respectivos resultados:

PROVA: Campeonato Nacional de Estrada
DATA: 20/01/2008
LOCAL: Viana do Castelo
DISTÂNCIA: 15 Km
TEMPO: 1h 09m 17s (melhor marca pessoal na distância)

PROVA: Corrida do Dia do Pai
DATA: 09/03/2008
LOCAL: Porto
DISTÂNCIA: 10 Km
TEMPO: 43m 05s

PROVA: Meia Maratona de Lisboa
DATA: 16/03/2008
LOCAL: Lisboa
DISTÂNCIA: 21,0975 Km
TEMPO: 1h 38m 24s

PROVA: Meia Maratona Cego do Maio
DATA: 30/03/2008
LOCAL: Póvoa de Varzim
DISTÂNCIA: 21,0975 Km
TEMPO: 1h 36m 19s (melhor marca pessoal na distância)

PROVA: Grande Prémio de Atletismo de Campo
DATA: 25/04/2008
LOCAL: Campo - Valongo
DISTÂNCIA: ??? (talvez 10 Km)
TEMPO: 49m 24s

PROVA: Grande Prémio da Marginal
DATA: 18/05/2008
LOCAL: Póvoa de Varzim
DISTÂNCIA: 10 Km
TEMPO: 43m 03s (melhor marca pessoal na distância)

PROVA: Meia Maratona de Matosinhos
DATA: 08/06/2008
LOCAL: Matosinhos
DISTÂNCIA: 21,0975 Km
TEMPO: 1h 40m 25s

PROVA: Corrida das Festas da Cidade
DATA: 22/06/2008
LOCAL: Porto
DISTÂNCIA: 15 Km
TEMPO: 1h 11m 49s

PROVA: Meia Maratona SportZone
DATA: 21/09/2008
LOCAL: Porto
DISTÂNCIA: 21,0975 Km
TEMPO: 1h 40m 05s

PROVA: Meia Maratona de Ovar
DATA: 05/10/2008
LOCAL: Ovar
DISTÂNCIA: 21,0975 Km
TEMPO: 1h 39m 27s

Depois da Maratona do Porto, e até ao final de 2008, há apenas uma prova que faço questão de participar. Trata-se de uma daquelas que mais prazer dá a qualquer atleta: a S. Silvestre da Cidade do Porto.

Atletismo em Vila do Conde


Tomei hoje conhecimento de uma notícia que me deixou imensamente satisfeito. Assim, o Ginásio Clube Vilacondense, vai abrir uma secção de atletismo, iniciando a captação de novos valores para a modalidade nos próximos dias.

Segundo se sabe, o responsável pelo projecto é o atleta Baltazar Sousa, um maratonista de boa cepa, que conquistou excelentes resultados, tendo sido, inclusivamente, o vencedor da primeira edição da Maratona do Porto, se não me engano.

Espero que este projecto vingue e que nasçam muitos e bons atletas em Vila do Conde. Já é tempo!

Sunday 12 October 2008

Começou a contagem decrescente

Com o final desta semana de treinos começa a contagem decrescente para a Maratona do Porto. Como se costuma dizer, em termos de treino, o que está feito, está feito. Não vale a pena querer "inventar" muito até ao dia da prova. Por isso mesmo, o que vou fazer nas próximas duas semanas, é treinar a ritmos mais moderados, diminuir o treino mais "técnico" (séries, por exemplo) e consolidar a forma já adquirida.

A semana de treinos acabou de terminar há momentos com "chave de ouro"! Foram cinco treinos, assim distribuídos:

Segunda-feira - Dia de descanso.
Terça-feira - 50 minutos a rolar (5:00/Km).
Quarta-feira - 30 minutos a rolar (5:00/Km) + 2 vezes 10 minutos ao ritmo de 3:45/Km.
Quinta-feira - 60 minutos a rolar (5:00/Km).
Sexta-feira - 35 minutos a rolar (5:00/Km) + 30 minutos ao mesmo ritmo com inclinação de 2,5%.
Sábado - Dia de descanso.
Domingo - 28 Km de corrida em 2:21,00.

Estarão a tentar perceber porque razão disse que fechou com "chave de ouro", imagino eu. Pois então cá vai. É que os 28 Km que concluí há instantes, para além de terem corrido bastante bem e de os ter terminado, algo cansado, mas não esgotado, como havia acontecido neste dia, foram seguidos de um ... banho no mar! É verdade, aproveitando a extraordinária manhã de hoje, com uma temperatura óptima e sol, fomos tomar um refrescante e retemperador banho nas águas da Praia da Sra. da Guia.

Foi divinal, acreditem. Depois de uns minutos a deliciar-me naquela água a uma temperatura de 14/15 graus, as pernas parece que ficaram automaticamente mais leves, quase regeneradas do esforço que tinham acabado de fazer.

A partir de agora, o que interessa é ir contando os dias que faltam para o grande momento!

Thursday 9 October 2008

Força Marco!

Entrar no mundo dos blogs é algo que nos abre inúmeras janelas, deixando-nos ver coisas que, de outra forma, nos escapariam. Uma dessas é conhecer pessoas (ainda que não as vejamos ou estejemos com elas pessoalmente) extraordinárias.

Não desfazendo de outras, hoje descobri um jovem que, tendo uma enorme dedicação ao atletismo, mostra uma postura na vida e uma determinação notáveis. Melhor do que alguma coisa que pudesse dizer, aqui ficam as palavras que lhe "roubo" do seu blog que tem o esclarecedor nome de "Corro por prazer":

"A minha vida mudou muito de há uns tempos para cá, to-me a portar na escola, ando no atletismo, deixei as más companhias, já sou mais poupado, enfim mudei radicalmente.
E tudo isto por uma única razão, para ser alguém na vida..
Quando comecei o atletismo andava a juntar dinheiro para comprar umas sapatilhas de corrida, só que não foi preciso, o meu professor (Luís mota) ofereceu-me umas. Fiquei-lhe muito agradecido, e também muito contente, nunca me tinham feito uma surpresa assim. Ainda para mais vinda de um professor que ainda por cima é meu director de turma!lool vejam bem.. Acho que nunca fiquei tão contente por alguém me ter oferecido alguma coisa, agora só espero é ser alguém na vida e não andar a fazer todo este esforço em vão. E tenho um sonho que é ser militar! Mas vamos ver se a minha vida (que não e nada fácil) o permite."


Perante isto só me resta dizer ao Marco que cá estou para acompanhar com grande interesse o seu desempenho enquanto atleta e enquanto "alguém na vida", que, não tenho dúvidas, ele conseguirá ser, bastando que mentenha esta força e esta determinação.
Já agora Marco, se leres este post, dá um abraço por mim ao teu Prof. Luis Mota. Numa altura em que passamos o tempo a ouvir os responsáveis a denegrir o papel dos professores no sistema educativo, o exemplo dele mostra o quanto a sociedade lhes deve.

Monday 6 October 2008

Meia Maratona de Ovar

No Domingo de manhã, tal como previsto, apresentei-me em Ovar com o objectivo de correr a 20ª edição da Meia Maratona local e aliar à prova um treino longo para o grande objectivo deste ano: a Maratona do Porto.
Cheguei a Ovar cerca das 8.45h da manhã. O movimento de atletas nas ruas do burgo, que se encontravam repletas de faixas publicitárias, era imenso, dando um colorido especial e criando um ambiente excelente.
Fui levantar o meu dorsal e por volta das 09.10h comecei o meu treino. Segui pelas ruas de Ovar e por uma parte do percurso a um ritmo bastante baixo (cerca de 5:30/Km) até perto do início da corrida. Não sei ao certo que distância corri, mas estimo que tenha feito uns 8 Km.


Podium masculino


Como as 10.00h estavam a chegar, dirigi-me para a linha de partida, que nessa altura já estava totalmente inundada de atletas. Os inscritos para a Meia Maratona eram cerca de 2.000, um número notável numa prova que decorre numa cidade de pequena dimensão, o que mostra a qualidade e a credibilidade do trabalho desta organização.

A minha prova correu bastante bem. Não estando preocupado com o lado competitivo, comecei a corrida bem atrás, tendo feito o primeiro quilómetro em 5:40. É verdade que tinha decidido imprimir um ritmo calmo, mas este tempo ficava a dever-se à imensidão de atletas, que não deixavam andar mais depressa, mesmo que quisesse. A partir do segundo quilómetro a estrada começou a ficar mais "transitável" e fui corrigindo o andamento de forma a estabilizar na média de 5:00/Km. Foi assim que segui até ao 5 Km, onde já passei com cerca de 15 segundo abaixo do estipulado (25:15). Nessa altura encontrei o Prof. Fernando Marinho, um vilacondense com larga experiência nestas coisas, que me fez companhia até cerca dos 11 Km. O objectivo dele era fazer a prova num ritmo não superor aos 5:00/Km e eu aproveitei a boleia.
A conversa foi muito interessante, pois deu-me algumas dicas para a prova da maratona que, certamente, me serão muito úteis.
Fomos nesse ritmo até ao abastecimento dos 10 Km, onde chegamos colados à média de 5:00/Km, num tempo por volta dos 50 minutos. Prevenido com uma saqueta de gel, prosegui a minha habituação à substância, aproveitando para a ingerir nesse momento da prova. Tal como tinha acontecido no treino desta semana, a experiência correu bem, não tendo havido qualquer efeito colateral negativo.
Passada a confusão do abastecimento e da toma do gel, estavamos quase a chegar aos 11 Km e o relógio prestes a marcar os 55 minutos. Como me sentia muito bem e com força, decidi testar o meu estado de forma e avançar mais um pouco. Despedi-me do meu colega de prova e avancei para ritmos um pouco mais fortes. A passada estava solta e o corpo reagia muito bem. Passei aos 14 Km em 1:08,00, tendo conseguido recuperar quase 2 minutos desde que começara a acelerar.
Entretanto, o percurso também ajudava à progressão, pois aliava a frescura dos pinhais à beleza da zona de veraneio da praia do Furadouro. Para além disso, a presença de bastante público, principalmente junto à praia e na cidade de Ovar ajudavam à motivação.
Os quilómetros foram passando e o ritmo, com ligeiras oscilações, ia-se mantendo na casa dos 4:30/Km, o que me fazia recuperar imensas posições. A certa altura fiz umas contas simples e cheguei à conclusão de que seria possível conseguir concluir a prova num tempo final abaixo de 1:40,00. Sem que tivesse grandes objectivos traçados para esta prova, como disse no início, não deixei de aproveitar essa circunstância e, como me sentia bem, deixei-me avançar assim até ao final. Desta forma consegui cortar a linha de meta com 1:39,27, no lugar 920º entre os 1700 atletas que chegaram ao final.

O balanço final é muito positivo. Para além de me ter sentido bem ao longo de toda a prova, consegui terminar em crescendo, fazendo o último terço da corrida em cerca de 31m30s, o que é bastante bom. Quanto ao resto, o corpo continua em excelentes condições, não havendo dores ou outro tipo de preocupações a registar, o que dá excelentes indicações para a Maratona do Porto.



Podium feminino


Quanto à prova, é justo deixar uma palavra de forte apreço aos organizadores. O percurso é excelente, a cidade interage com a prova, incentivando e apoiando os atletas, o que é raro acontecer na maior parte das provas que tenho participado, nas quais a população parece bastante alheia ao esforço dos atletas. No final aqueles que alcançam a meta são brindados com um saco de brindes bem interessante, que, só por si, já dá um retorno altamente positivo ao investimento feito na participação!

Friday 3 October 2008

A preparação continua

Esta foi uma boa semana de treinos. Vejam só:

- Segunda-feira - 67 minutos a rolar ao ritmo de 4:50/Km.
- Terça-feira - 35 minutos a rolar em piso plano e 35 minutos a rolar com uma inclinação de 2,5% (sempre ao ritmo de 5:10/Km).
- Quarta-feira - 20 minutos a rolar mais 4 séries de 5 minutos ao ritmo de 3:30/Km
- Quinta-feira - 70 minutos a rolar ao ritmo de 5:00/Km.
- Sexta-feira - 25 minutos a rolar mais 12 séries de 1 minuto (5 vezes ao ritmo de 3:00/Km e 7 vezes ao ritmo de 3:25/Km).

Amanhã conto fazer um treino lento de 14 Km e no Domingo estarei presente nas Meia Maratona de Ovar, incluindo a prova num treino longo de cerca de 30 Km (o último desta dimensão da Maratona do Porto).

Durante um dos treinos desta semana fiz a experiência de ingerir uma saquela de gel energético e os resultados foram positivos. No Domingo vou voltar a experimentar durante a Meia Maratona de Ovar para me certificar que consigo encontrar solução para a rejeição que o meu estómago tem feito ao Powerade. Se correr bem, consigo resolver um problema que me andava a deixar algo preocupado, pois sinto que será muito importante ingerir suplementos energéticos durante a prova.
 
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